You will leave a mark



A vida é mesmo assim. E não somo nós que passamos por ela. É ela que passa por nós à velocidade da luz. E hoje apetecia-me dançar até ficar com os pés numa bolha, fixar-te o olhar do outro lado da pista, com a certeza que segues todos os meus movimentos. Ver-te tomar a minha direcção, sentir o teu hálito quente no meu pescoço e sugar-te a alma pela boca. Tornar-te meu. Hoje apetecia-me ter a certeza que se me deixasse cair, estavas lá para me agarrar. Ter confiança total em ti. Saber que não te vais embora mais uma vez. Ouvir-te chamar pelo meu nome, baixinho, com doçura. Sorrires quando te pergunto se hoje ficas comigo para sempre. Mas está descansado. Não te vou desejar para 2011. Deixei de pedir o que quero. Peço só para não me perder mais uma vez. Para ter sempre um plano B. Para ter forças e conseguir sorrir de todas as vezes que me apetece chorar. A mudança não vai acontecer. Não vou acordar no dia 1 de Janeiro e sentir-me diferente. Mas, e aí peço com todas as forças, espero finalmente já não te sentir em mim.

Desculpem lá mas tem de ser

Adoro quando as pessoas no meio de uma conversa dizem "Desculpa lá mas...isto ou aquilo" é que seja o que for que a pessoa vá dizer a seguir a única certeza é que ela não está a pedir desculpa, de todo. Normalmente este desculpa lá vem acompanhado de uma péssima companhia, daquelas coisas que se dizem de rajada, ou estão há demasiado tempo presas na garganta. Como o desculpa lá que acabei de dizer.

E não, não estou em negação há 10 meses.

I'm original, cannot be replaced

Devia estar uma fotografia minha na lista do FBI com o título Dangerous. A facilidade que tenho em apaixonar-me é tanta, mas tanta que chega a dar-me náuseas. Exactamente como subir ao cume da montanha-russa e olhar cá para baixo, mesmo antes de começar a descida. Sobe-nos o estômago à boca e a cabeça anda à roda. É o cruzar de olhares, e se ele sorri, está feito ao bife. Mas calma, é momentâneo. Naqueles breves segundos de interacção (muita vezes acidental, porque o que ele queria mesmo era conversa fiada com a miúda que está ao meu lado com as mamas no pescoço, o vestido em que não se pode baixar, e a maquilhagem de bairro de lata) imagino os passeios à beira-mar, os cães que escolhemos, os ramos de flores que vou ter à minha espera quando chego a casa, os beijos apaixonados, ect. E, de repente, PUFF! A minha mente é invadida pelas discussões, pelas mensagens sem sabor, pela monotonia dos fins-de-semana sem nada para fazer, no cão que ladra, ladra, mas ninguém o quer ir passear, nos dias de aniversário esquecidos, no sexo mecânico e repetitivo, nos olhares lançados a terceiros em que se finge não reparar. E volto ao meu mundo. Onde percebo que não vale a pena o esforço para irmos parar ao mesmo. Sempre ao mesmo.
Ou então podiam aproveitar esta minha capacidade de começar e terminar namoros em menos de 1 minuto. Quem sabe poupava algum sofrimento a muito boa gente.

And you give yourself away

Andava ele a passear-se no shopping. Não estava sozinho. Diz ela que quando a viu só lhe faltou enfiar-se no primeiro buraco que lhe aparecesse. Continuou as suas compras de Natal, meio comprometido, com a companhia feminina que escolheu para o devido efeito. Mas, quando a noite cai e não há pessoas, lugares e barulho, pergunta-me se se pode enfiar na minha cama. Assim, sem tirar nem pôr. Se tenho pena? Tenho. De quem anda com ele durante o dia, como se ele fosse um cão-guia, de tal forma é a cegueira. Se me dói? Dói. E muito. Dói-me o tanto que sei e o tão pouco que percebo. Dói-me ver ao ponto a que as coisas chegam. Não por mim. Mas por quem assiste de mão dada ao concerto e finge não ver a sequência de mensagens. Por quem provavelmente acabou de abrir as pernas, e quando se volta para o outro lado ignora a mensagem que eu recebo no telemóvel. As palavras, explícitas, letra por letra. Escritas com os dedos que nem há 10 minutos percorreram outro corpo. Viver na ignorância é viver feliz. E nos últimos meses espetaram-me a enciclopédia à frente dos olhos e obrigaram-me a ler. Do princípio ao fim. E, à medida que ia lendo, percebi que além de cegos, surdos e mudos, gostamos mesmo de o ser.
[Photo: Gisele Bundchen by Carter Smith]

With or without you. Get it?

PPDA, e não, não repeti o P e também nada tem a ver com Passagem

Lá está a pergunta do costume, associada à cara de enfado "Em casa??" Meu Deus, como eu detesto a noite de passagem de ano. Destesto, detesto, detesto. Haverá coisa mais irritante do que uma noite em que somos obrigados a divertirmo-nos? Não gosto de fazer planos, saem sempre todos furados, sim, sim, é sempre tudo muito giro, lista de pessoal, comida, bebidas, playlist e quando chega a hora H corta-se tudo e vai um para cada lado. Sobram três gatos pingados, que à última hora recorrem ao sítio que nunca os deixará ficar mal. Casa. às vezes Casa+Família. Para os que têm sorte. Para mim não passa de uma saída à noite com uma contagem decrescente. E se há coisa que aprendi com o tempo, é que as saídas à pressão, sem qualquer tipo de combinação são sempre as melhores. Portanto a PDA tem sempre tudo para correr mal. Sem contar com o frio, a chuva, ainda que muitos insistam em vestimentas de gala e com o arrastar da noite a coisa não se aguenta. Não querendo gabar-me tive vários convites, do norte ao sul do País, e o mais certo é ficar em casa com as duas pessoas que mais amo neste mundo. Porque elas não fazem planos, não se cortam em cima da hora e recebem-me sempre de braços abertos. Mas há sempre quem comente "mas não pode ser assim, tens de largar os teus pais, és mesmo menina da mamã, isso não tem jeito nenhum...bla, bla, bla" Pois eu digo-vos, até hoje todas as PDA me correram mal (as que não passei em casa), nunca foi nada como idealizei, quem acabou por levar com tudo em cima fui eu e sinceramente, este ano, dou-me por muito contente por conseguir passá-la acordada sem enfiar dois comprimidos para dormir pela goela abaixo.

Vou entrar em modo automático. A letra explica porquê.

Christmas sucks

Gostava muito de dizer que adorei este Natal. Que foi tudo sorrisos e felicidade. Mas não. Sou uma grande adepta do Natal, quem me conhece sabe como os meus olhos brilham quando se fala nele, como adoro os preparativos, receber as pessoas cá em casa, escolher os presentes. Mas não. Este ano o Natal desiludiu-me. Desejei estar sozinha a maior parte do tempo. Sem pessoas, sem barulho, sem perguntas , sem conversas da treta em que tive de fingir que sim, está tudo muito bem e, sim, estou muito feliz. O que me apetecia sinceramente era mandar tudo à merda e chorar baba e ranho. Porquê? Também não sei. Dizem que nesta época do ano a taxa de suícidio aumenta consideravelmente.
É que o Natal bate forte. E eu levei com ele a sério.

O que o Natal faz às pessoas


Na loucura comprei uma lingerie vermelha. E o pior é que me fica bem.

All I want for Christmas...

Talvez por nunca ter acreditado no Pai Natal, para mim abrir os presentes na manhã de dia 25 de Dezembro não faz muito sentido. Isto porque para mim o Natal é a noite de 24. É quando está a familia toda junta, quando se come o bacalhau e as couves, os doces típicos e o jantar prolonga-se até nos sentarmos todos ao calor da lareira a beber um belo chá ou mesmo um licor. Quando chega a meia-noite trocam-se os presentes. São papéis por todo o lado, fitas, lacinhos, caixinhas, saquinhos, e quando acaba a euforia de voltar a ser criança é hora de ir dormir. É tradição, lá em casa, todos estrearmos os pijamas que recebemos nessa noite. Adormeço com o coração aconchegado e com um pijama novo. Agora, imaginem este cenário dia 25 de manhã...eu com o meu mau humor matinal de sempre, sem vontade nenhuma de me levantar da cama, e depois o que fazia com o pijama senhores??hum? uso-o durante o dia, é isso? Para mim o Natal é a noite de dia 24. O frio, as luzes que brilham na noite, o chá e a lareira. Ou estão a ver-me acender a lareira dia 25 de manhã, a comer o bacalhau com couves ao pequeno-almoço e a vestir o pijama novo para receber pessoas em casa. Esqueçam lá isso. Afinal, o Natal é para fazermos o que nos faz felizes, não me tentem convencer do contrário.
By the way, Merry Christmas! (:

Vem mexer com os sentimentos

Vem dançar sobre os meus desejos, afinal sabes os passos de cor.

Do facebook

- Tu que és homem, explica-me.
- Lembraste do princípio da playlist?

- Sim.
- Então, basicamente é dar bateria ao iPOD.

We can dance until we die




Hoje sinto-me assim.

The finish line is a good place to start

Vi o P.S.- I love you. Hoje. Passados meses. Confesso que às vezes tenho saudades de me lembrar de ti.

I can't give it up to someone else's touch

Atirem-me um bocado de carne que eu vou atrás. A sério. Experimentem. Hoje vasculhei caixotes do lixo à procura de alguma alegria que me pudesse saciar a fome que tenho. Mas continuo com o estômago colado às costas. Vagueio, à chuva, completamente encharcada. E nem assim consigo sentir o que quer que seja. Todas as caras que passam por mim lançam-me um olhar piedoso. Uns têm pena e queriam levar-me para casa, mas outros pensam que a morte seria o meu alívio. Alguns, os que sentem o coração no sítio certo, ainda me dão alguma coisa para enganar a fome. Mas não é suficiente. Nunca é. Não podias antes levar-me para casa? Aposto que tens uma lareira quentinha, um coração cheio de amor para dar e desejas alguém que te seja fiel. Prometo que não dou cabo dos sapatos nem faço xixi no chão. A sério. Já vadiei o suficiente, já me satisfiz com o que encontrei em ruas duvidosas, já passei frio, já senti a chuva na cara e no corpo, já me senti livre para aceitar festas na cabeça de quem passava por mim, já dormi sozinha em becos escuros, já tive medo e tive de fugir, já me deram guarida por algumas noites e já me enxotaram. Mas já chega. Não quero mais. Tenho fome. E não é de comida. E juro que hoje me sinto como um cão abandonado.




(se não vos toquei no coração, pelo menos pensem neles (os animais abandonados) por ser Natal, vá)

If I am going to hell then I just don't care

A vida é um ciclo vicioso. Voltamos sempre à estaca zero, ao fundo do poço, ao cume da montanha-russa, ao momento da decisão fatal. Cabe a cada um de nós perceber, a cada volta, se quer ser melhor ou pior. Os erros podem ser os mesmos, podem não ser ou podem ser mais. A verdadeira questão é o objectivo deste carrossel. Será para atingirmos a perfeição? Para fazer uma pessoa mais feliz? Para termos um bilhete para o Céu em 1ª classe? Enquanto não souber a resposta, vou andar neste carrossel as vezes que forem precisas. E sabem a melhor? Hoje voltei à estaca zero. E desta vez vou fazer só o que me apetece. Implique isso mais ou menos erros, simplesmente não quero saber.

Vou dizer-te que gosto de ti só mais uma vez.


Páginas amarelas Parte V

Sempre disse que neste blog só escrevo sobre pessoas que amei e amo. Tu foste a grande excepção. Nunca te amei e nunca o vou conseguir. Também não era esse o objectivo. Escrevi, aqui, para ti porque apesar de não seres o amor da minha vida, a minha alma gémea ou a minha outra metade, foste a pessoa mais importante desta minha fase. Foste tu que me transplantaste o coração novo que tenho agora. Abriste-me o peito, muitas vezes a sangue frio e tiraste o velho, triste e despedaçado coração que não me deixava dormir, sorrir e viver. Suturaste a ferida com toda a precisão e estiveste sempre ao meu lado durante a minha convalescença. Agora, que tenho um coração vermelho-vivo, que bombeia o sangue eficientemente e me permite ser feliz, deste-me alta. Sem recomendações. Do género, levaste de mim tudo a que tinhas direito, agora pira-te. E eu aceito obedientemente. Porque a mais não és obrigado. Vou pirar-me. Com a certeza que de uma forma ou de outra és a pessoa que melhor me ensinou a gostar de mim mesma. E és a pessoa que me lança cheia de vida nesta selva de gente, onde, mais cedo ou mais tarde, alguém me vai levar de volta à lista dos transplantes.

Petty Party

Há muito tempo que não adormecia a chorar. Vou só ali tomar um daqueles comprimidos que não me permite sentir nem pensar. É que hoje, dói a sério.

But you know,

the thing about romance is... people only get together right at the very end.

Sam in Love Actually

Little things

Sou péssima a Geografia, sempre fui e por mais que tente acho que nunca vai mudar, não bebo leite de manhã, aliás, não bebo leite, ponto. Não suporto pessoas que andam na rua e olham para todo o lado menos em frente, são os meus pés que sofrem com isso. Não gosto de arroz doce nem de mel. Não dou a minima atenção a quem me faz sinais de luz na auto-estrada, que eu saiba ainda não há faixas exclusivas. Detesto quando vou a uma caixa prioritária no supermercado e as pessoas me olham de lado, reparem "prioritário" é diferente de "exclusivo". Sou um zero à esquerda a cozinhar. Prefiro o silêncio ao barulho. Não posso com pessoas que me estão sempre a perguntar o que vai acontecer a seguir no filme. Detesto chapéus de chuva e recuso-me a usá-los. Não me sinto bem de saia. Quando não uso nada nos pulsos, sinto-me nua. E por favor, não me perguntem "Vais chorar?"
Mesmo assim podes juntar-me à tua lista de Natal? Please? Prometo que me porto bem.

Ainda pensam que nos conseguem perceber...


Das coisas que me irritam

Quando vamos ao supermercado e não sabemos se a pessoa da caixa vai arrumar as compras no saco. Algumas vezes arrumam, outras não. Irrita-me. Não sabem ser coerentes?

While you were sleeping

Passado muito tempo, debaixo de uma chuva torrencial, no meio do trânsito da 2ª circular e uma trovoada no horizonte, acidentalmente carreguei no modo CD. E eles voltaram a cantar para mim. Mas desta vez não tinha acabado de sair da tua cama, onde continuaste a dormir, pé ante pé, sem fazer barulho, a tentar encontrar o comando do portão às apalpadelas na escuridão. Fechava a porta com cuidado, sempre com cuidado para não te acordar, e enfrentava as ruas frias e escuras. Entrava no carro, acendia um cigarro e eles cantavam para mim no lugar do pendura. Fazia sempre o caminho mais longo de volta a casa e imaginava o interrogatório que me farias, como sempre, no dia a seguir. Porque não ficaste? Simples. Porque eram estes minutos da madrugada que me devolviam a sanidade mental que perdia quando estava contigo. Nunca te contei que um dia o carro me levou até à praia, era ainda de noite. Estava vento. As ondas revolviam algures debaixo da rocha onde me sentei. Aconcheguei o casaco de meia-estação ao corpo e assisti ao amanhecer ainda com o teu cheiro nas minhas mãos e os teus beijos colados à minha pele. E os Kings of Leon continuavam a cantar para mim enquanto dormias.

Sim, de ti

A vida é demasiado curta para os nós na garganta. Para as coisas não serem ditas. Hoje medimos as palavras e amanhã espetamos o carro na A2, num dia sem nuvens e clima ameno, enquanto mudamos a faixa do mp3. É assim que as coisas funcionam. Tens esta oportunidade. Mais nenhuma. Não existem erros, existe o fazer e o não fazer. Não deviamos ser obrigados a condicionar o quanto gostamos de alguém, a medir as acções e zipar as saudades em caixas pequenas para não ocuparem demasiado espaço em casa. É por isso que hoje te digo que gosto de ti. Estás a ouvir? Gosto de ti.
Se amanhã bater os pés para a cova, não te restam mais dúvidas. Não me digas que não percebeste. Eu volto a dizer, queres que grite?
GOSTO DE TI.
Pronto, aí tens a tua batata quente. O que vais fazer com ela?

Com direitos de autor II

"A solidão observa e suspira, depois deita-se na minha cama e tapa-se com os cobertores, totalmente vestida, de sapatos e tudo. Já sei que vou ter de dormir com ela outra vez esta noite."
Elizabeth Gilbert in Comer, Orar, Amar

Heart skipped a beat,

And when I caught it you were out of reach. But I'm sure you've heard if before.

The moment of truth in your lies

Existe um alarido enorme à volta do primeiro beijo. Não o primeiro beijo de sempre. Mas o primeiro com outra pessoa. É uma nervoseira e excitação simultâneas. É não saber para que lado a outra pessoa vai inclinar a cabeça e o que se deve fazer com as mãos. É o olhar nos olhos, passar aos sinais corporais, olhar os lábios de soslaio, apenas o suficiente para a outra pessoa perceber. E o ritual de aproximação. Quem dá o primeiro passo. E agora que o dei, espero ou dou o segundo também? Um passo à frente, dois atrás, passo à frente, dois atrás, é a dança do amor, a ligação invísivel feita com cordas de aço, que puxa, puxa mas que inclui momentos de fricção. E como diz a Concha o primeiro beijo dá-se com os olhos. É o deixar a outra pessoa entrar na nossa alma, abrir-lhe o caminho para o nosso inconsciente. Acredito que o beijo leve duas pessoas ao mesmo ponto. Ao mesmo caminho. Mesmo passados muitos anos, poderemos sempre dizer I've been there, os dois. Naquele momento só nosso. Em que se suga e transmite alegria, desejo, sonhos que duram horas. É a fraqueza do corpo. A boca abre a porta ao coração e este deixa-se invadir. Mas aqueles segundos, mesmo antes de sentir os outros lábios contra os nossos, aqueles segundos em que apenas alguns milimetros nos separam, em que se cheira o coração da outra pessoa, significam a nossa derrota. Somos acorrentados. Para o melhor e para o pior.

Páginas amarelas Parte IV

Por outro lado, chamarem-me miga é meio caminho andado para imaginar um machado a decepar a cabeça da pessoa em questão.

I would never let myself forget

Um dia disseram-me que eu podia ser quem eu quisesse. E eu aceitei o desafio, armada em esperta. E realmente fui. Fui uma pessoa completamente diferente durante alguns meses. E gostei. Muito. Sentia-me mais leve, principalmente. Sair da minha pele foi como nascer outra vez. Mas com a diferença de saber tudo e ter consciência de tudo o que já vivi. E não pensei. Um dos meus grandes defeitos é pensar demais, overthinking, como agora é chique dizer. Por isso, resolvi por de lado os miolos e agir com o resto. Lançar-me fora da minha zona de conforto e aproveitar todas as oportunidades que me deram.
Agora, que o meu papel chegou ao fim e não há mais páginas no guião sinto-me meio perdida. E dou por mim a questionar-me sobre o que fiz e o que podia não ter feito. E tirei a minha grande conclusão. Não consigo dissociar-me. Não consigo ser outra pessoa a 100%. E, se o consegui, agora sofro por isso. Porque tudo o que não pensei na altura, cai agora aos trambolhões. Como se o mundo fosse acabar já amanhã e tivesse de acontecer tudo de uma vez. Adiar o meu overthinking foi um erro. Há-que pagar por ele.

Páginas amarelas Parte III

Gosto de ouvir chamar pelo meu nome. Sem alcunhas, sem fofinha, querida, princesa, diminutivos, amorzinho, miúda. Gosto que me chamem pelo meu nome. Daquela maneira. Soa como se fosse só meu.

I want so much to open your eyes 'cause I need you to look into mine

Não. Não sou nenhuma santa. Deito-me muitas vezes a pensar nas diferentes coisas que podia fazer para magoar outras pessoas. Principalmente as que me magoaram. Mas ontem não. Ontem adormeci a pensar no que te podia fazer de mal para perceberes que me deixaste para trás. Imaginei serras eléctricas, cativeiros, agulhas, caves isoladas, correntes, facas de mato, etc. Nenhuma me pareceu minimamentre viável. Pronto, podias simplesmente ir a passear na tua terra e desencadear uma avalanche, entretanto eu pertencia às equipas de busca e resgatava-te com vida, o que te abriria os olhos para o facto de realmente eu ser a tua casa. Mas depois penso que não. Que estou bem assim. Que os sacrificios que teria de fazer para pertencer à tua vida são muitos e agora não me apetece. Mas apetecia-me ter-te aqui sabes. Durante umas horas. Depois podias seguir com a tua vida outra vez. Porque não sou uma pessoa inesquecível, não me recomendo, não sou uma mulher de sonhos. Sou mais uma que te passou pela vida e que vai fazer parte das estatísticas, sejam elas boas ou más. Mas sou egoísta. E gosto. Isto de gostar mais de mim e menos dos outros tem que se lhe diga.
Só gosto de ti um bocadinho. E com o tempo vai desaparecer. Tu sabes isso e eu também. Não te queres apressar?

Be happy for this moment. This moment is your life.

Get a dog!

Todas as mulheres querem mudar os homens. É um facto. É inerente à condição feminina. Queremos um diamante em bruto (se bem que de diamante pouco têm) para moldar à nossa maneira. É vê-las conquistar um macho mauzão e começar com a conversa "podíamos assistir a uma opera/comedia romântica/ peça de teatro/ ballet... " Porquê? "Oh, porque assim ficavas a conhecer-me melhor...os meus gostos...bla, bla, bla" E pronto, lá lhes conseguimos dar a volta. Porque, verdade seja dita, a persuasão é uma das nossas caracteríticas. Mas não se iludam. De certa forma estamos a treiná-los. E todo o treino requer uma recompensa certo? Pelo menos segundo o querido Pavlov. Portanto, sim, eles até vão acompanhar-nos a um show de striptease masculino, se for preciso. Desde que depois tenham uma boa dose de sexo. Pois. É que eles, minhas queridas, pelo menos 98% vá, pensam em três coisas: Sexo, futebol e FIFA/PES. Nós? Fazemos parte do sexo, está claro! O quê? Queriam um lugar especial? Ah, ah, ah. Esqueçam. Seja lá qual for a razão que nos leva a querer mudá-los, fazê-los crescer, alargar-lhes os horizontes, não sei se valerá a pena. E a desculpa de tentar potenciar o que eles são...hum...o esforço não será melhor aplicado num cão? Pensem bem, à parte o facto de um homem não roer os pés da mesa, um cão é mais fiel, podemos ralhar com ele que ele volta e melhor, podemos levá-lo a passear que no final ele não vos vai pedir nada em troca.

Can you keep a secret?

Gisele Bundchen by Patrik Demarchelier



Hoje, no metro, não consegui esconder o sorriso. Sorri para ti a viagem inteira. Enquanto relembrei cada segundo que te dediquei.

The S word

Tenho coisas a mais na cabeça. Não consigo seguir uma única linha de pensamento. Estou incapaz de articular seja o que for. Preciso de sexo. Pronto, deve ser isso. Oh, não...ela disse mesmo isto? Epa disse e volto a dizer. Preciso de sexo. SEXO. S-E-X-O. Não é do que andamos todos à procura? Sinceramente. Não queremos que alguém olhe para nós através da nossa roupa? Que sinta a nossa energia tendenciosa quando passa perto de nós? Não sejamos púdicos ao ponto de mentir a nós próprios. E não precisamos apenas de sexo. Precisamos igualmente de planos B. Aqueles que quase ninguém usa mas que dão sempre jeito ter. Como os chapéus de chuva que andam na mala do carro, estão a ver? Ultimamente são os planos B que têm ajudado a manter a minha sanidade mental. Apesar de nunca gostar muito de recorrer a eles, uma vez por outra lá tem de ser. Apetecia-me agora um. Mas estou demasiado cansada para levantar o rabo do sofá e pegar no telemóvel que está a 5 metros de mim. Temos pena.

What are you waiting for?

Custava-te muito bateres à minha porta e dizeres que me amas?


Não, pois não?

Muitas vezes,

são as pessoas erradas que dizem as coisas certas.

Shake hands with the Devil

Detesto o síndrome electrónico em que vivemos. Estamos rodeados de uma parafernália de telemoveis, agendas electrónicas, computadores, mp3, mp4, iPOD, IPAD, whatever! Às vezes (frequentemente) apetecia-me agarrar nesta palete de cenas que apitam, dão música, fazem-nos levantar o rabo do sofá mais vezes do que gostaríamos porque pode ser uma chamada importante, mesmo que já sejam 23h, e o mundo pode estar a acabar e se não atender daí a uns segundos tenho 500 mil mensagens a dizer onde estás? porque não atendes? está tudo bem? estou a ficar preocupado...whatever! Chegamos ao cúmulo de marcarmos um encontro às 15h e durante o caminho vamos enviando sms estou a caminho, já saíste de casa, daqui a 5min estou aí. E se, por azar, chegamos antes da outra pessoa, segue-se uma ritual de trocas já cheguei, onde estás, demoras muito?, estou à espera à 3min e meio, mexe esse rabo, whatever! Já não se vive o momento. Estamos sempre à espera de mais. De melhor. O simples é irrelevante. E depois diz-se o primeiro "Amo-te" numa sms perdida no meio das 540 que estão na caixa de entrada. Muitas vezes nem chega a esse sentimento, é mais um "amt". WTF is that? E o pegar nas mãos, olhar nos olhos, sentir o nervoso miudinho, ouvir com todas as letras? E observar a expressão de entusiasmo da outra pessoa enquanto não respondemos um "Eu também te amo". O mundo está cheio de pressa, as pessoas estão sedentas, e eu estou aqui agarrada ao computador, enquanto podia estar ali à lareira a participar numa conversa construtiva, zangada com o mundo inteiro porque ontem estava a rebentar de febre e dores no corpo e o telemóvel não parou de tocar um minuto para me deixar descansar e hoje estou muito mais fresca, muito mais desperta, e o gajo não toca nem por nada! Que nervos!

With you I'm born again

Todas as células do corpo humano se regeneram. Em média, a cada sete anos. Como cobras. Mudamos a pele, à nossa maneira. Biologicamente somos novas pessoas. Podemos parecer os mesmos. Provavelmente somos. A mudança não é visível. Pelo menos, não para a maioria. Mas todos mudamos. Completamente. Para sempre. Quando dizemos coisas como "as pessoas não mudam", deixamos os cientistas loucos. Porque a mudança é literalmente a única constante da ciência. Energia, Matéria, estão sempre a mudar. Transformam-se, Fundem-se, Crescem, Morrem. A maneira como as pessoas tentam , por tudo, não mudar é que não é natural. Queremos sempre que as coisas voltem, em vez de as aceitarmos. A forma como nos prendemos a velhas memórias, em vez de criarmos novas. O modo como insistimos em acreditar, apesar de todas as provas contrárias, que alguma coisa neste mundo é permanente. A mudança é constante. Como a experimentamos...depende de nós. Pode parecer-se com a morte, ou com uma segunda oportunidade. Se relaxarmos os dedos, largarmos, irmos em frente, pode transformar-se em pura adrenalina. Como se a qualquer momento tivessemos uma nova oportunidade na vida. Como se a qualquer momento pudessemos nascer outra vez.
Grey's Anatomy
Para a S.

Yes, I am

- Não era suposto ter-me envolvido.
- Pois não. Era suposto seres a G.I. Jane!
- Olha para mim, G.I. Jane?!?! Sou a Barbie apaixonada!

I can't find the rewind button...

Sooner or later it's over

E ficamos assim. No limbo, na terra de ninguém, no que não foi nem vai deixar de ser. Não há espaço para um ponto final, mas cabem as vírgulas todas cá dentro. Dentro da nossa história, se assim lhe podemos chamar. Prefiro charmar-lhe os nossos momentos. Aqueles em que me deste a mão e muitas vezes o corpo inteiro, para me ajudares a ver a luz que preenchia o tecto do poço. Agora o sol queima-me as bochecas e a claridade obriga-me a contrair as pupilas. A contrair o corpo todo, pela ausência do teu. Gostava de ler um the end na última página, mas talvez nunca venha a acontecer. Talvez te encontre por aí. Talvez me indiques o caminho quando me perder no próximo cruzamento. Ou então serves só de mapa. Deste-me as indicações gerais e o resto tenho de aprender sozinha. Sem as palavras que nunca me disseste. Que nunca te disse. Nunca soubeste o que significas(te) para mim. Nunca soubeste que tenho um blog onde falo sobre ti. Talvez um dia venhas a descobrir. Assim como talvez descubras que não sou a pessoa que fingi para ti. A personagem que encarnei não tem nada a ver comigo. E o problema é que ultimamente já era difícil manter o disfarce que inventei para ti. Hoje tiro a máscara que usei nos últimos meses. A máscara que me tornou mais forte, calma, racional e sexual. Hoje quero o mimo de quem gosta de mim. Talvez tu mo pudesses dar. Ou não. Nunca percebi se gostavas/gostas de mim. Nunca o vou saber. É melhor assim. Obrigada.

Continuas sem perceber,

quanto menos atenção me dás, mais atenção eu quero.

Topas???

Os homens gostam de levar na tromba,

nisso são iguais às mulheres.

I know that you feel me somehow


O teu corpo esborrachou o meu contra a parede, com uma das mãos prendeste-me os braços e com a outra puxaste-me pelo cabelo, mordeste-me o pescoço com força e interrogaste-me com o teu hálito quente,



-Estás com medo?

-Não.

-Mas devias.

Não chora. Aguenta.

Queria muito ter qualquer coisa inteligente para dizer.

Keep your secrets on your pillow

E porque é que não me mandas uma puta de uma mensagem? Raios partam os joguinhos de merda. Quem é que inventou este jogo? Hã? Estou a passar-me. Repito. A passar-me! Já lá vão quatro dias, tens a noção disso? E tens a noção de que olho para o telemóvel incansavelmente? E que quando ele toca e não é o teu nome que lá está, só me apetece atirá-lo para o planeta dos macacos? E que quando, por fim, (como vai acontecer), me enviares a bendita mensagem, vou ter de conter o desejo e a vontade toda que tenho para estar contigo e fazer-me de ocupada/ deixa para lá/ não estou nem aí/ quem és tu?/ ah, aquele daquela vez/ parva? Tens a noção da energia que desperdiço só para te mostrar (como se não soubesses já) que está tudo muito bem comigo, os meus lábios não tremem de desejo para voltar a estar com os teus, as minhas noites não são calmas porque estou sempre, sempre, sempre às voltas contigo? Mas vá, eu sei que gostas (os homens gostam) de sentir que conquistaram a presa. Por isso vou só ali fingir-me de morta até decidires pegar nessa cena chamada telemóvel, que parece servir para comunicar com as pessoas e não provocar-lhes ataques de ansiedade, e escreveres uma mensagem com o meu número como destinatário, que provavelmente (de certeza) não vai dizer nada de jeito, mas a qual me vai levar a fazer o sorriso mais estúpido dos últimos dias. Bah.

Amanhã quetro um momento destes. Se sorrir para ti, já sabes quem sou.

Believe me

Aqui vem um post mais positivo para quebrar a maré de depressão em que se encontra este blog. O dia a dia já é tão fodido que uma pessoa chega aqui e quer é rir e não se rever nos problemas nos outros. Ou não...porque reparo muito bem que as estatísticas deste belo endereço electrónico sobem a pique quando as coisas me correm de mal a pior.
Portanto, hoje fala-se de...relações. Ah, ah, ah. A sério? Mas fala-se de outra coisa aqui? Epaaaaa.... NÃO. E como gosto de ser uma pessoa coerente cá vai mais do mesmo. Ora basicamente o que quero fazer hoje é muito simples. Lembram-se daquela pessoa que vos destroçou? Aquela que quis praticar em vocês uma cirurgia ao coração de peito aberto e se esqueceu da anestesia? Aquela que por razões estúpidas vos obrigou a deixar de confiar nos outros? Aquela que vos impediu de dormir em condições, de comer em condições, que vos levou a fumar um maço de tabaco quase ininteruptamente, dias e dias seguidos. Que vos deixou os dedos cheios de calos de tanto escreverem sobre ela/ele. Pois é. Só vos digo. Esse ser, mais tarde ou mais cedo acaba por engolir em seco. E normalmente, esse processo de deglutição ocorre quando já não dói. Quando alguém olhou para nós duas vezes e resolveu suturar o rasgão que tinhamos na pele, que nos devolveu as noites descansadas e quentes, nos mostrou que o desejo mora mesmo aqui ao lado e que, por mais estranho que pareça, também tem dias fodidos como toda a gente.

Páginas amarelas Parte II

Ora aqui vai uma actualização da pessoa que escreve neste blog: três hematomas, com direito a nódoas negras e tudo, dificuldades na mobilidade, uma noite muito mal dormida, um stress descomunal só de imaginar a semana que me espera e um desejo enorme de amanhã chegar ao senhor doutor e receber um atestado de três dias por invalidez!

Com direitos de autor

"Numa versão contemporânea da fábula do pequeno príncipe (ou principezinho, consoante a altura do vosso), a raposa pediria, cândidamente, que ele viesse ter com ela todos os dias, à mesma hora, como se uma doce rotina se tratasse e pudesse fazer-lhe sentir, qual reflexo de pavlov, o prazer da antecipação, todos os dias, um pouco antes da hora combinada.
Obviamente que o pequeno príncipe (ou o principezinho, consoante a altura do vosso) burro que nem um gajo, quereria ser mais e melhor e, num rasgo de criatividade que não interessa nem ao menino jesus, acharia melhor não chegar sempre à mesma hora mas sim a horas diferentes, todos os dias um pouco diferente, deixando a desgraçada da raposa salivar constantemente e por nada. O pequeno príncipe (ou principezinho), não acreditando em fábulas e achando que só ele é que sabe cativar, faria o seu próprio jogo e manipularia os resultados viciando os dados dos sentimentos e ingenuidade da raposa. Ora aparecia, ora não aparecia,ora chegaria contando anedotas sobre alentejanos que já são mais velhas que o camilo de oliveira, ora aparecia sem dizer nada ou então apareceria e só mostraria o pé, e agora a mão, e agora o rabo, qual putos de 5 anos, nunca se entregando, nunca se mostrando por inteiro achando que isso sim, é que é.


Na versão contemporânea da fábula do pequeno príncipe (ou principezinho, consoante a altura do vosso), a raposa que já não é a mesma burra de antes, apanhando fretes constantes e sem paciência para antecipações que não dão em nada (a chamada emotividade precoce) mandaria o pequeno príncipe (ou principezinho, já sabem) dar uma volta mais as suas manobras de diversão, "é que sabes, meu pequeno príncipe, o cativo, o verdadeiro, segue regras que não se alteram com o tempo e que só se entendem com o coração e a pureza dos sentimentos."
O pequeno príncipe, desgraçado, voltou para as cearas de trigo e ficou o resto da vida a falar com ervas daninhas (porque a flor também tinha murchado de tanta seca apanhar, claro)




Fim...."
Este post foi escrito pela ême. De comer e chorar por mais.

Páginas amarelas

Sim, para os que repararam o título do blog mudou. Não o nome, o título. E qualquer dia vai o nome também para não se ficar a rir. Não consigo ter as coisas iguais durante muito tempo, por isso vão-se acostumando. Muitas mudanças virão. Todas a seu tempo. Se não gostarem, epa, há sempre a hipótese de passarem a ler outro blog ( e posso recomendar tantos ) ou de reclamarem. Também existe sempre quem coma, não goste, mas cale. Por isso é à escolha do freguês. Ai tão ressabiada que ela está! Temos pena. Há dias em que me apetece acabar com o mundo à dentada. Ele hoje só se safa porque aprendi a contar até 10 e respirar fundo.

Isn't it funny?

Não me vou envolver. Não me vou envolver. Não me vou envolver. Não me vou envolver. Não me vou envolver. Não me vou envolver. Não me vou envolver. Não me vou envolver. Não me vou envolver. Não me vou envolver. Não me vou envolver. Não me vou envolver. Não me vou envolver! Não me vou envolver!! Não me vou envolver!!!

Foda-se, já me envolvi.

Hoje encontrei esqueletos no meu armário.

Take me as you want

Enrosquei a cabeça no teu colo. Enquanto me passavas a mão no cabelo olhei-te. Directamente. Sem receios, sem desconfianças, só os teus olhos de água e os meus de terra. Tens alguma coisa para me dizer? Respondi que não e escondi a cara. Apertaste-me com tanta força que ficou difícil para respirar. Tens alguma coisa para me dizer? Tenho, pensei. Tenho mil e uma coisas para te dizer. E podia dizê-las agora. Aproveitar o teu momento de fraqueza e mostrar o meu. Num impulso de consonância. Sim, tenho. Queria dizer-te que me salvaste, que me devolveste o sorriso, que me fizeste voltar a acreditar, que gosto que me mexas no cabelo, que o teu distúrbio te dá imensa piada, que tens a altura perfeita para enconstar a minha testa no teu pescoço, que me fazes sentir mais bonita, mais mulher, mais tudo. Pousei a tua mão no meu peito e esperei que conseguisses sentir as borboletas que por lá voam aos encontrões, elas podiam dizer-te o que não consigo. Tens alguma coisa para me dizer? Enfrentei o teu olhar, respirei fundo... Sim, tenho. Queria perguntar-te porque razão ainda não me tiraste a roupa.

Que tédio,

e sinto que preciso de dormir 1000 horas seguidas.

For how long?

Uma coisa é certa. Nunca mais digo aqui vou aprender a ser feliz. Porque aprendo sempre. E quando lá chego, sou obrigada a ir embora. Sou obrigada a despedir-me. E se eu detesto despedidas. Porque quando aprendo a ser feliz, bate sempre forte. E bate forte durante bastante tempo. Como ainda hoje. Quando vi a placa na auto-estrada, pensei cometer a loucura da minha vida e correr para a faixa da direita. Mas não consegui, não podia, não me deixam. E as mensagens no telemóvel fazem doer o coração e deixam a boca seca. E só penso em voltar.
Sei que também vou ser feliz aqui, talvez mais tarde do que cedo. E quando esse dia chegar certamente vou começar a contar as horas que faltam para voltar a despedir-me do que vou deixar nesta cidade.

Your smile...

Por motivos cordiais tive de me deslocar a um hospital este fim-de-semana. De cabeça pesada pelo cansaço fui passando pelas diferentes alas enquanto reflectia sobre a angústia que me corrói o coração e as entranhas. Chegada à unidade de oncologia pediátrica cruzei-me com um menino. Pequenino, sem cabelo, magrinho, sentado na sua cadeira de rodas com toda uma parafernália de fios e máquinas ligados àquele bracinho de bebé. E, espontaneamente, sorriu-me. Sorriu-me com a cara toda. A boca, os olhos, as maçãs do rosto. Sorriu-me como se tivesse sido enviado para isso. Sorriu-me para o resto da vida. Simplesmente, sorriu-me. E eu, engoli em seco. Peguei-lhe na mãozinha gelada com força e tentei retribuir aquele sorriso doce, quente e cheio de esperança. Quando voltei ao elevador, encostei-me ao metal frio e chorei. Não pelo menino. Não pelas dores e torturas a que a vida o obriga a enfrentar. Chorei por mim. Pela vida que tenho. Pelos obstáculos que me esperam todos os dias. Pela minha insignificância. E ainda agora, não percebo se chorei de tristeza ou de alegria. Mas aquele sorriso. Aquele sorriso, vou carregá-lo no meu peito, até não o esquecer.

After all

Mas queria tanto explicar tudo. Abrir a janela e gritar que estou aqui. E tu também. Será que estás? Ou sou só eu que estou? Não há problema. Eu existo pelos dois e isso, basta.

Há coisas que não se explicam. Ponto.

Can you love me?

Ontem no metro, sentaram-se ao meu lado duas raparigas. Não tiravam os olhos uma da outra, as mãos apertadas e a expressão corporal de quem podia morrer naquele exacto momento, que morreria feliz. E eu, automaticamente, desviei o olhar. Tive vergonha. Senti-me incomodada. Não pelo facto de estarem visivelmente apaixonadas uma pela outra, por serem homossexuais, gays, lésbicas e todos esses rótulos adquiridos. Tive vergonha porque queria alguém assim. Que me olhasse com aquela devoção. Que me guardasse no coração. Uma mão para apertar no metro às dez da noite, com um frio cortante e a cabeça em papa. Senti-me de tal forma abandonada e vazia que saí uma estação antes da minha. E deambulei, deambulei, como um cão sem dono em plena cidade de Lisboa.

Das Ritas

Tenho um pequeno problema com Ritas. Não sei porquê. Até hoje as Ritas deram-me sempre cabo dos nervos. Ora foi uma amizade por água abaixo, ora uma traição, ora roubarem-me aquilo que mais queria, ora aproveitarem-se de mim. E qual não é o meu espanto quando me informam de que a minha "bengala" nos próximos meses tem de seu nome Rita. Até engoli em seco. Espero bem que a minha nova Rita quebre a tradição amaldiçoada que me persegue. Senão, estou feita ao bife.

Tem dias

Rachel Weisz by Greg Williams


- Não dormes cá, fazes o que tens a fazer, não envias mensagem no dia a seguir, muitas vezes nem respondes. Acho que já te percebi.
- Então?
- Tu és eu. Em versão feminina.

Now the drugs don't work

Ok. Sou uma estúpida, inconsciente e egoísta. Devia ter mais sensibilidade para as coisas, como a crise que afecta o País desde que me lembro de ver o Telejornal ou as criancinhas que morrem à fome desde que nasci. Sou realmente muito egocêntrica. Afinal deixar as pessoas que me confortam o coração para trás é uma coisa que se faz todos os dias ao pequeno-almoço. Ou o facto de ter de desistir do pêlo de cão que me curou a ferida. O dia de amanhã vai ser tão banal como fumar o meu cigarro depois de jantar, mas com mais macacos e menos chineses. Que é como quem diz enfrentar o trânsito matinal e infernal da 2ª circular e mandarem-me aos lobos assim que chegar ao meu destino. Sim, é verdade. É a oportunidade da minha vida. É o meu euromilhões pessoal, é a minha rampa para o sucesso. Mas já pararam para pensar no que EU quero? Não, pois não? Pois eu digo-vos. Quero um sofá quentinho, um episódio dos simpsons, um Martini e encostar a minha cabeça no teu peito, enquanto me passas a mão no cabelo.

Nobody said it was easy

Vou enfiar um comprimido para dormir pela goela abaixo e tentar esquecer que não estou onde queria estar.
Foda-se, dava um dedo para lá estar. Um mindinho, vá.

Hum hum

Há sempre uma pessoa que nos parte. E há sempre outra que nos conserta.

Daqui.

I've got you under my skin

Rachel Weisz


Entrei no quarto. As imagens da televisão reflectiam-se em ti. Encostei-me à parede gelada e tive consciência que já não sentia os pés no chão de mosaico. Pede-me desculpa. Nem te deste ao trabalho de me olhar, Não. Pede desculpa - reforcei. Nunca peço desculpa, respondeste. Comecei a despir-me. Primeiro devagar. Depois cada vez mais depressa. Pede desculpa. Com os pés queimados do frio, comecei a tremer. Descontroladamente. Pede desculpa. Colaste os teus olhos no meu corpo. Numa fracção de segundos, esborrachaste a tua boca contra a minha, com uma impulsividade implacável. Agarraste-me com força e levaste-me até à cama. Enquanto prendia os meus dedos na tua boca entraste em mim. Obrigaste-me a olhar-te e disseste numa voz arrastada, desculpa querer-te tanto.

Like angels in a crossfire

O amor não mata mas mói. É uma expressão já bem conhecida do público em geral. E quando aqui escrevo a palavra "amor" não é para ser levado literalmente à letra, passo a redundância. Amor, no meu actual contexto, é referente às relações, à atracção entre duas pessoas, à conquista, ao jogo do gato e do rato, às palavras ditas sem voz e aos gestos que não precisam de toque. O amor é fodido. E, agora sim, literalmente. Andamos todos à procura dele e ele escapa-nos das mãos do dia para a noite. Assim, de um momento para o outro. Olha, olha já passou! E nem damos por isso. Andamos de tal forma cegos com a própria ideia do amor que não vemos que ele se desfaz ainda antes de ser construído. Que começa a cheirar mal mesmo antes de apodrecer. E que mói. Mói tanto e de tal maneira que quando passa por nós deixa um rasto de destruição. Ficamos em convalescença até surgir mais um e aqui, meus amigos, a verdade é esta: uma mulher quando não ama um homem, gosta de vários. E o gostar é relativo. Neste momento o meu gostar resume-se a uma frase. As expectativas, lembram-se?, são umas filhas da puta. É que mesmo quando o jogo está todo em cima da mesa, há quem faça batota.

wish me luck

- Sabes qual é o problema? É que és exactamente como eu. Não lidas bem com as situações quando estás sozinha. Tanto precisas de alguém para gritar ao telemóvel e encostar à parede, como para te retribuir o sorriso gigante que lhe dás. E essa, minha querida. É a verdadeira missão impossível.

Shut down or save my life tonight

Keira Knightley

Pela minha experiência. Pouca. Existem dois tipos de mulheres. As princesas e as camponesas. Categorias que nada têm a ver com o poder ficanceiro, atenção. A meu ver as mulheres princesas são as que necessitam constantemente de ajuda. Que as salvem. Aprendem a depender dos outros, como um bébé quando tem fome e quer que lhe cheguem o biberão. São as sonhadoras, delicadas, que desejam o seu princípe montado no cavalo branco e o cabelo a esvoaçar. São elas que, com aquele ar de gatinho abandonado, conseguem sempre levar a delas avante. E depois existem as componesas. Que têm de levantar o rabo da cama todos os dias e fazer-se à vida. São as que lutam, resmungam e mostram o seu ponto de vista. São as independentes. As decididas, brutas e chamadas putas. E porquê? Simples. Porque agem como a maior parte dos homens. Apreciam-nos, estudam-nos, fazem-nos e depois seguem o caminho delas. Não há conversa fiada e promessas sem sentido. O jogo está na mesa. Eu gosto, tu gostas, para quê complicar? Hilariante, no meio de tudo isto, é que os homens parecem não compreender as mulheres camponesas. São como seres estranhos para eles, ETs, vindas de outro planeta. E depois ainda ficam a olhar com aquele ar perplexo, mas tu não dormes cá porquê? E a única resposta possível na altura é dizer-lhes Porque sou igual a ti.

Não me defino inteiramente em nenhuma das duas. Tenho dias princesa e dias camponesa. E se ultimamente me tenho surpreendido a mim mesma devo-o a todas as vezes que caí do filho da puta do cavalo branco em que o meu suposto princípe me tentou salvar.

What happens in the car, stays in te car

Nunca pensei sentir-me tão feliz, no carro às duas da manhã, a ver-te sacar batatas fritas entre as pernas.


(não sei se foi bem assim, mas valeu pela frase R.)

All the lights that lead us there are blinding

Tentei guardar tudo para mim. Tudinho. Sem deixar transparecer um olhar, uma palavra fora de contexto, um gesto menos contido. E neguei. Vezes sem conta. Não, não, não. Por isso I don't believe that anybody feels the way I do about you now. E estou tão cheia, tão cheia. Quase a rebentar. É procurar o teu nome nas listas, é fechar os olhos e adormecer. E depois penso que melhor não me podia ter acontecido. Mas podia ter acontecido diferente. E teria sido igual? Melhor ou pior? E se ainda não acabou de acontecer? Talvez seja melhor abrir a boquinha e deitar isto tudo cá para fora. É que já não sei onde guardar-te.

Fucking hate

Não posso. Mas não posso MESMO com a expressão tás como queres.

Lição a reter

Hold up. Hold on. Don't be scared .You'll never change what's been and gone. May your smile shine on. Don't be scared. Your destiny may keep you warm .'Cause all of the stars have faded away. Just try not to worry, you'll see them someday . Take what you need and be on your way. And stop crying your heart out. Get up. Come on. Why you scared? You'll never change what's been and gone. We're all of the stars. We're fading away. Just try not to worry, you'll see us someday. Just take what you need and be on your way. And stop crying your heart out.



Das fantasias


Shame on you

Conhecem aqueles "amigos" que se mostram sempre disponíveis, que ao desabafar com eles têm sempre um "não te preocupes, vai correr tudo bem" para dizer e vos acham a pessoa mais porreira do mundo e arredores? Entretanto surge um problema, precisamos mesmo, mesmo, mesmo de ajuda e é vê-los a sair de mansinho para não repararmos que estão a abandonar o barco. Também têm desses "amigos"? Pois é. Eu estou sempre com um olho no burro e outro no cigano. E é só para avisar que quando o barco partir, não há volta a dar. Mesmo que vá mais leve.

Meet you on the other side

Adormeceste nos meus braços.
Parecias ainda mais pequenina.
Vais ocupar um vazio enorme na minha vida.

I can't tell you what it really is


Sim, devia ser um blog mais dinâmico. Devia falar sobre os problemas da actualidade, dizer mal das pessoas, opiniar de forma inteligente sobre os problemas do mundo e até mandar umas postas de pescada de vez em quando. Talvez fosse bem mais interessante. Mas quem me conhece sabe que só escrevo sobre o que me rodeia, e estamos a falar de um diâmetro neste momento alargado a 300 km. Eu, a pessoa que lia em média 2 livros por semana, via 2 episódios das minhas séries favoritas todo o santo dia, só consegue por os phones e carregar no repeat vezes sem conta. Ou agarrar-me ao volante do carro e aumentar para o volume máximo os cds que gravei nos ultimos 3 meses. Como sabem o gasóleo não está acessível logo tenho um problema em mãos. Mas tudo isto não se compara às imagens que me enchem a cabeça 24 horas por dia. Mesmo 24 horas!


Hoje acordei a apontar para onde estavas.

Yesterday was fine, now it's gone

Conhecem aqueles chupas que são àcidos no príncipio e depois adoçam a boca?
Quando cheguei à parte doce, arrancaram-mo das mãos.

Parem o Mundo que eu quero sair!

Preciso imediatamente

1. Abraço forte, daqueles de cortar a respiração
2. Mousse de chocolate
3. Bolinha anti-stress para esborrachar de cada vez que tiver medo
4.GPS
5. Run, dos Snow Patrol
6. "Vai correr tudo bem."
7. Só porque não gosto do número 6

P.S.

Estou tão cheia de coisas que não percebo se estou feliz ou triste. Já gritei, já pulei, já abracei parabéns. Falta-me chorar. Não me lembro da última vez que chorei e sinto que tenho tudo preso dentro do meu peito. Com um nó bem apertado. Dizer adeus parece irreal. Deixar-vos, deixar-te. Por pouco tempo, por muito. Quem sabe. Queria dizer-te o que nunca ouviste. Mas não funcionamos assim. Não há espaço para as palavras, lembraste? E talvez não devas ouvi-las. Talvez nem as queira dizer. Vou. Agora. Sem olhar para trás. Até um dia.
Talvez nos encontremos pelo caminho.
A.

Preto no branco

Desejei que fosse perfeito. Sem complicações. Sem tons de cinzento. Apenas preto no branco. Do género és peixe ou carne? Desejei sem palavras, só gestos. Sem fitas, só desejo. Desejei tanto. Desejei tudo. A janela depois da porta. A bonança após a tempestade. E mesmo quando contive o desejo, desejei mais ainda. Sem limites, proibições, entraves e imposições. Olhos nos olhos, mãos nas mãos. Não. Sim. E sim, em vez de não. Os teus desejos são ordens. E o desejo cresceu. A olhos vistos, a frases não ditas. Sem tempo. Com espaço. Todo. Do tamanho do mundo. E agora, não sei onde arrumá-lo.

More than words

Eva Mendes by Mert Alas and Marcus Piggott


Gosto que me mexam no cabelo. Pronto.

Geração Roskof

"Para não copiar exactamente a expressão “rasca” utilizada por Vicente Jorge Silva, jornalista e ex-deputado, expressão usada há alguns anos num texto em que criticava a geração mais jovem, inclino-me para a expressão “roskof”, bem conhecida da gíria verbal portuguesa.
George Roskopt, um alemão naturalizado suíço inventou há muitos, muitos anos um relógio prático e barato, que ficou com o seu nome, e que foi uma espécie de relógio do povo. Segundo consta, tratava-se de um relógio barato, barulhento e que não era muito “pontual”, ora se adiantando, ora se atrasando. Foi até, na altura, objecto de um certo escárnio pelos selectos fabricantes de relógios da Suiça.
O Roskopt foi utilizado pelas classes operárias e pelos camponeses.
No nosso Alentejo, há cerca de 150 anos era o relógio dos trabalhadores do campo e nos Estados Unidos foi o relógio dos operários tayloristas e fordistas (que com o Roskopt controlavam o seu tempo de trabalho até então só mensurável pelos patrões).
Consta que António de Oliveira Salazar também preferiu este relógio simples, apesar de poder ter acesso a outras marcas bem mais conceituadas.
Ora o que é que é que um relógio tem a ver com uma geração?
À partida, nada e tudo.
É que a actual geração mais jovem, já não exactamente coincidente com a do Vicente Jorge Silva, o que configura uma evolução (negativa) na continuidade; aquela que se encontra agora
à beira de entrar no mercado de trabalho não tem minimamente noção do tempo e da importância do mesmo.
Esta geração é “roskof”, não só porque não têm um Roskopt, mas porque têm, e em excesso, computadores portáteis, “Play stations”, IPODs e outras tantas ferramentas tecnológicas que a retiram da realidade e a leva a viver num mundo virtual, perfeitamente imaginário, onde o tempo não conta. OS jovens dessa geração embrenham-se nos jogos das consolas, nas conversas com pessoas que não conhecem (via “Messenger” e outros canais electrónicos) e na visualização de filmes e todo o tipo de imagens diversas. O mundo deles é visto através de janelas virtuais e não através da vida vivida, feita de experiências e de contactos directos, frontais, face a face, com pessoas.
Os “amigos” desta geração de jovens podem estar a milhares de quilómetros, mas estes jovens não sabem o nome do vizinho que mora na casa ao lado ou no apartamento por baixo. Podem até cruzar-se no elevador, mas mais nada.
Esta geração desenraizada não tem metas, não tem objectivos precisos e definidos; esta geração não tem princípios ou valores solidamente arreigados que defenda até à exaustão.
Os operários norte-americanos utilizavam- vamos simplificar- o Roskopt para defenderem os seus interesses enquanto trabalhadores; eles não queriam ser explorados pelo patrão em mais tempo no trabalho.
O que fazem estes nossos jovens de hoje, os que estão à beira de entrar no mercado de trabalho ou já a entrar no mesmo?
Depois de um longo percurso académico e formativo alguns já com mestrados e tudo, sujeitam-se a trabalhar por 500 euros brutos por mês (sim, há jovens com formação superior a receber este valor), a recibo verde ou em regime de trabalho temporário, e a trabalharem 14 e mais horas por dia, sem pagamento de horas extraordinárias, e não refilam. Não reivindicam, não batem o pé, quase agradecem de mãos postas por alguém (às vezes multinacionais riquíssimas com lucros exorbitantes) os deixar adquirir experiência, quase pagando para trabalhar, porque se descontarmos aos 500 euros o dinheiro dos transportes e a alimentação, aí não sobra muito.
Já os trabalhadores do campo alentejanos, aqueles, provavelmente não muitos, que teriam o Roskopt, não conseguiam deixar de ser explorados de sol a sol, comendo pelo meio-dia uma côdea de pão e uma mão cheia de azeitonas. Os senhores feudais do Alentejo de há 150 anos não tinham contemplações na exploração de mão-de-obra e a Catarina Eufémia só surgiria muitos anos mais tarde.
Hoje a geração jovem é tão passiva como os camponeses alentejanos de então, não tem proactividade, não procura lutar pelos seus interesses e é facilmente dominada pelos detentores do capital e dos meios produtivos. Se os alentejanos se contentavam com o pão e as azeitonas, os jovens de hoje contentam-se com os 500 euros.
É inacreditável ver uma geração que vai sofrer, provavelmente como nenhuma desde há muitos anos, os efeitos de uma conjuntura – que mais do que conjuntura vai ser um movimento estrutural de modificação, a meu ver para muito pior, de toda a sociedade - é, inacreditável que essa geração não se levante em peso e não coloque o dedo em riste aos políticos, aos governantes e aos restantes detentores do poder de decisão sobre matérias tão importantes.
Por muito menos do que o que está a ocorrer actualmente no mundo, surgiu o Maio de 68. Esta geração não terá consciência de que sem ela, esta gente que domina o país e o planeta não tem como manter os seus gritantes privilégios?
Não terá consciência de que com a sua simples mas massiva recusa em aceitar condições de trabalho e de vida pouco dignas como as que lhe são agora apresentadas poderia influenciar a produção de mudanças significativas?
Este jovens de hoje não conseguem ver que o fosso entre ricos e pobres é cada vez maior e que os pobres de há 30/40 anos eram os analfabetos e os que tinham apenas a instrução primária e que os pobres de hoje já têm mestrados e doutoramentos?
O que andam estes jovens a fazer, a viver uma vida fingida, um hipotético sonho para não enfrentarem a realidade?
Que cobardia é esta? Estarão eles à espera de que os que foram jovens nos anos 60 e 70 do século passado ainda rebusquem as suas já bastante gastas energias para lutarem por eles? Pobre geração esta!...Muito barata e acessível, tal como o Roskopt.
Esta Geração Roskof não comenta os aumentos dos combustíveis, não se importa com o aumento dos bens alimentares (pois se são os papás que continuam a pagar a factura,mesmo quando já têm mais de 30 anos), não luta por um melhor ambiente, não antevê que num futuro muito em breve a própria água custará os olhos da cara?
O que fazem os jovens de hoje?
Esta Geração Roskopt passeia-se nas escolas e universidades, com brincos, “piercings” e tatuagens e com os umbigos à mostra, dormitando solenemente nas salas de aula ou dedilhando o telemóvel, sem pôr em causa o que os doutos, teóricos e pouco motivadores professores lhes debita.
E ainda escrevem, como há uns tempos li num jornal universitário, que não são uma geração “rasca”, mas sim uma geração “à rasca”.
E estão mesmo “à rasca” e continuarão “à rasca” enquanto forem “roskofs”, isto é, acessíveis, baratos, económicos e pouco exigentes em termos de qualidade. Tal como o Roskopt. "
de Jorge Coelho Martins
Para todos os que me pedem calma quando tento defender os meus interessas mais afincadamente e para todos os que pertencem à Geração Roskof, que também é minha, e aceitam trabalhar nas péssimas condições que oferecem. Porque são vocês que permitem o estado em que as coisas estão!!!

Das portas fechadas

E agora é só distribuir autógrafos e agradecer os elogios telegénicos. Mas na altura foi mais do género Vá, precisam de ti para falares com a comunicação social! Eu? Euzinha? Com um herpes e tudo? Com uma camara apontada à fronha e uma pessoa que não conheço de lado nenhum a fazer-me perguntas para as quais só me apetecia responder com três berros e asneirada da grossa? Pois. Mas foi. E já está. Doeu um bocadinho, mas espero que se faça justiça. Alguém tem de dar o corpinho ao manifesto, não é verdade?

I pray that something picks me up

Era uma vez uma menina. Com um sorriso gigante. E a bruxa má tinha inveja do sorriso da menina. Então lançou-lhe uma maldição. Daquelas de que não há forma de escapar. A partir desse dia sempre que a menina sorria a maldição recaía sobre ela e tudo o que lhe trazia felicidade desaparecia. E a menina lutava, lutava. Sem sentido, sem rumo ou futuro, com as mãos e os joelhos esfolados. Foi assim até ter tirado uma licenciatura e ficar no desemprego, até perder um grande amor no dia do seu aniversário, até ter de percorrer 300km para manter a cabeça ocupada, até hoje.
O dia em que as portas de fecharam. O dia em que sou obrigada a dizer-vos adeus. Vocês. Os vossos sorrisos, as noitadas até de manhã, os jogos de computador, os mil e quinhentos cigarros partilhados, os jantares na casa de todos, os devaneios nos turnos nocturnos, as partidas, as fotos nos cacifos, os filmes na recepção, as fotos na praia, os nuncas, o "amanhã é a que horas?", "queres vinho?", dizer adeus a alguém que me fez sentir quem sou, que nunca mais vou olhar nos olhos, que me fez renascer.
Vocês. A minha família do Norte no Algarve. Os amigos de todos os dias. Vocês.
Pessoal...Vamos andar à PORRADA???

Do mundo dos iogurtes

A Teclas inspirou-me com o último comentário. Realmente vivemos num mundo de iorgurtes. Já pensaram nisso? Existem vários tipos de pessoas e todas elas se enquandram num tipo de iorgurte. Aquelas que sabem bem no princípio, mas depois enjoam, como é o caso dos iorgurtes com aroma. As que são completamente imprevisíveis e a cada colherada é uma surpresa, o típico caso dos iorgurtes com pedaços. E depois ainda há aquelas pessoas que vamos adiando, adiando...não é hoje, amanhã também não...ai que agora não posso, logo se vê...e quando se dá a oportunidade, estão passadas da validade! Mas do piorio, são as que fermentam, fermentam, dão gosto à vida e no final acabam sempre por fazer estragos.

O que tem de ser tem muita força

Detesto ser obrigada a fazer coisas que não quero. A dizer o que não quero e estar onde não quero. Mas às vezes tem mesmo de ser. Porque é a felicidade de outras pessoas que está em causa. Pessoas que gosto muito, claro está. Não faço sacrifícios por qualquer pessoa, por muito pouco heróico que isto possa parecer. A vida é demasiado curta para fretes e conversas de circunstância. Para dizer que gosto de conduzir, quando na verdade gosto que me conduzam. Mas vá, uma noite não são noites. E hoje, apesar de estar com o coração acelerado, o pensamento longe e os batimentos cardíacos ao som de uma ampola de adrenalina cada vez que o telemóvel toca, vou manter-me calma. Sorrir como se nada fosse e agradecer a visita.
(vá, também vou olhar para o relógio determinadamente à espera que ele se apresse, e vou fechar os punhos com força e tudo, como fazia o japonês do "Heroes". Vale sempre a pena tentar, certo?)

You're really gone

E ontem dei um chuto na moral, na decência, na persuasão, na nostalgia. Mandei a "faz-te-de-difícil-senão-estás-feita" para o caralho e deixei-me ir.
E hoje sinto-me leve.

Maybe that's what happens when a tornado meets a volcano

Katie Holmes by Mert Alas & Marcus Piggott


Existe um tempo certo para fazer as coisas. O mais certo é não acontecer quando mais o desejamos, mas quando estamos preparados para isso. Muitas vezes quando desistimos de lutar pelo que realmente queremos, é exactamente quando o nosso desejo nos cai no colo. Assim. Como uma trovoada nos dias quentes de Verão. Não era prevista, mas muda todo o nosso dia. Não volto a pôr as mãos no fogo por ninguém. Não volto a espreitar a toca do lobo. A fingir ser alguém que não sou e nunca fui.


Esta sou eu.


E é tão bom saber que gostam de nós exactamente como somos.

Time out

Já vos tinha dito que normalmente só escrevo quando estou demasiado cheia para digerir tudo o que me acontece. Quando as coisas não me correm como quero ou imaginei na minha cabeça. Percebem agora porque há três dias não escrevo?

I could really use a wish right now

E depois há pessoas que aparecem. Assim, sem mais nem menos ou aviso prévio. E, inexplicavelmente,quebram a nossa rotina.

It's painless

Tudo o que é bom acaba depressa. E, por vezes, nem chega a começar. Desaparece num piscar de olhos. Enquanro o diabo esfrega um olho. E depois dói. E dá taquicardia. Porque este coração não aguenta muito mais e há coisas impossíveis de não sentir. E a Alemanha é tão longe. E eu que estou aqui, agora, a aprender a ser feliz. E sei que não vou conseguir recusar. E que deixo para trás pessoas que já fazem parte da minha vida. Outra vez. Sempre. Afinal qual é o Teu problema?

Heart asks pleasure first

Respirar fundo. Não, não me vou enervar. Ontem também não tive uma crise de hipertensão arterial e depois provei a droga da violação. E também não parei numa operação de STOP com cara de ter mandado para a veia. Foste tu que me salvaste C., com a brilhante ideia de comunicar ao Sr. Polícia que trabalhávamos no hospital. E apetece-me ver os Simpsons. Mas o meu coração está a escrever torto por linhas direitas e isto está a dar-me cabo dos nervos. Mas vá, vou ali medir a tensão só mais uma vez para ver se bato o recorde e chego aos 16. Mas e os Simpsons? Acho que vou mesmo comprar um ovo Kinder.

All night long

- Olha, vai-te foder.
- Deus te ouça!

This never ending story

Sinto-me lisonjeada por ser um porto seguro. Por acreditarem em mim e ser o ponto de partida e chegada num mesmo ciclo. Mas quando voltam a mim só para satisfazer a curiosidade e sentirem-se bem convosco próprios, pensem duas vezes. Se já saíram da minha vida foi por opção vossa. Tomar a decisão de sair da vida de uma pessoa deve levar tempo e ter várias coisas em consideração, logo é uma decisão ponderada e definitiva. Logo não seria suposto voltarem. E muito menos tentarem aproveitar-se da minha eventual fragilidade. É certo que somos o sítio que nos faz falta, neste caso talvez se aplique também às pessoas. Somos as pessoas que nos fazem falta. Mas por mais falta que nos façam, a maior parte das vezes não convém diminuir a distância. Se ela lá está é porque é precisa. Percebes?

Just gonna stand there and watch me burn,

But that's alright because I like the way it hurts.

It's a violent world

- A Senhora desculpe, mas existe a possibilidade de estar grávida?
- Ah pois, não sei. Quer dizer...aaaahhh...vou explicar-lhe. Há um ano que tive o meu bébé. Enfim, teve de ser. Sabe como são estas coisas. Chega-se aquela idade, depois do casamento, e toda a gente pergunta Então quando começa a linha de produção? E meninos não? E uma mulher tem de dar o corpinho ao manifesto. Sim, porque os homens são paizinhos mas é só no papel e quando corre tudo bem. É vê-los a contar histórias para adormecer mas quando a fralda cheira mal nem lhes pegam. Somos nós que os parimos, que os lavamos, amamentamos e educamos. Porque isto de os homens serem os maus da fita em casa já não é o que era. Eu é que sou a bruxa, se me está a entender. E pronto já não amamento porque o puto já é crescidote. Veja bem a minha sorte. Queria tanto uma menina e saí-me mais um inútil. Gosto muito do meu filho, ah pois gosto. Mas por mais um homem no mundo até me revolta as entranhas. Mas vá, este sempre tenho a opotunidade de moldar ao meu gosto. Pode ser que saia com algum carisma. Agora voltei a tomar a pílula e não há cá nada para ninguém Fechei a fábrica e a produção. Que isto de ser mãe, trabalhadora e mulher são ofícios a mais para uma pessoa só. Ele que se contente com os jogos de futebol, os que não são à hora das novelas, e vai com muita sorte. Oh larilólela se vai.
(um SIM ou NÃO era perfeitamente aceitável...)

The hardest part

Hoje sinto-me uma pessoa com coragem. Passei a prova!

(não contando com o galo na testa e o pulso cortado, claro)

Fallen Princesses

Dina Goldstein imaginou as Princesas da Disney num futuro próximo.




Rapunzel


Ariel
Ainda acreditam no E foram felizes para sempre?

There's nobody singing to me now

'Cause it's a bittersweet symphony, this life.Try to make ends meet.You're a slave to money then you die.I'll take you down the only road I've ever been down.You know the one that takes you to the places where all the veins meet. No change, I can change,I can change, I can change.But I'm here in my mold.I am here in my mold.But I'm a million different people from one day to the next.I can't change my mold.No.Well I never pray.But tonight I'm on my knees.I need to hear some sounds that recognize the pain in me.I let the melody shine, let it cleanse my mind,I feel free now.But the airways are clean and there's nobody singing to me now.

Eis a explicação

Sim. Eu sei. Isto agora é só asneirada da grossa. Experimentem trabalhar com vinte gajos do Porto, vinte e quatro horas por dia.
Também não saíam imunes.

Prometo que é o último

Acho. Não, tenho a certeza. Tenho a certeza que já tive a minha conta de desgostos pré-adultos. Já tirei um curso para entrar no desemprego, debati-me com problemas de saúde, encarei abandonos do coração (neste caso a duplicar), fugi para o fim do mundo à procura de alguma coisa que não vem e todo o santo dia desejo o que nunca tive. Um bocadinho de sorte. Uma saída fácil. Um raio de sol, só desta vez. Estou farta de ser vítima do meu azar. Tenho mesmo de enfrentar tudo isto? Give me a break, não?É que sem um bocadinho de sorte não sou capaz...Do you understand me???
E agora que me abriste a porta...é ISTO. What the fuck???
(Escrito em duas línguas não se vá dar o caso de o Rapaz-lá-de-cima não perceber Português. Que deve ser o caso.)

Love, don't give up on me

Misha Barton




E o Outono está a chegar. Consigo senti-lo nas palavras que me saem dos dedos e no sorriso que me enche a boca. A razão...essa fica para depois. Ou para o próximo fim-de-semana.




Tooth Fairy

Lembram-se de ter dito que sou assaltada por inúmeros sonhos estranhos? Pois é. Ao fim de alguns meses a sonhar sempre com o mesmo (que não vou revelar aqui) eis que a noite passada sonhei com.....DENTES. Sim, D-E-N-T-E-S. Que me caíam todos da boca ao mesmo tempo. Assim, sem mais nem menos. Sem dor, sangue ou linhas atadas a maçanetas da porta.
Dentes. A queda ou perda total dos dentes avisa que vamos receber riquezas insuspeitas e que no futuro vamos ser muito felizes, uma vez que essas riquezas nos permitirão levar a vida que desejávamos. No aspecto afectivo, a perda total dos dentes significa que seremos felizes, mas que devemos trabalhar arduamente para manter essa felicidade e, sobretudo, ter muito cuidado com as pessoas de quem gostamos se não as queremos perder. (Dicionário dos sonhos)
(não, não insistam, não vou revelar mesmo o que andei a sonhar.)

Time's a loaded gun

A felicidade dá cabo de nós. Quando se experimenta o amor verdadeiro, não se aguenta as posteriores imitações baratas. Fazê-lo seria como beber Cola do Lidl, depois de saborear a Original. As comparações são inevitáveis, e porque faz isto e não aquilo e não disse coiso e tal, o dedo mindinho é demasiado grande, não gosta de massa, tem cabelo a mais,lê Saramago, etc. Ser feliz não devia exigir sacrifícios, muito menos a um coração cansado como o meu. Um dia, devia abrir a porta e pimba!, borboletas a bater asas no estômago, bolhas de sabão à minha volta, Coldaplay para banda sonora e era feliz para sempre. Mas não acontece assim. E o relógio faz tic-tac, tic-tac e fico com pele de galinha ao imaginar a cama vazia e as perguntas de sempre Então, o que aconteceu? E eu respondo: A vida, o que aconteceu foi a vida. Essa filha da puta.

Flores de Outono

- E agora como fazemos?
- Será que não percebem que estão a dificultar o encontro de duas pétalas da mesma flor que já não se vêem uma à outra há demasiado tempo?

Que é rica e engraçadinha?

Todos os dias temos de aceitar o amor. A disponibilidade para amar começa de manhã, bem cedo, ainda de madrugada, outras vezes vem só ao final da tarde ou espreita à noitinha. O que é certo é que está sempre lá. Seja porque trabalhamos em saúde e o nosso sorriso é sinal de conforto, porque o melhor amigo precisa de descansar a cabeça no nosso ombro, porque damos prioridade a uma pessoa de mais idade ou enviamos uma mensagem de boa noite a quem nos aconchega a alma e o coração. Muitas vezes esta disposição para o amor nem sequer dá nas vistas, é gostar do que se vê no espelho, o brilho nos olhos ao recordar o que já lá vai. As mãos dadas para atravessar a rua e o bom dia ao vizinho do lado. Mas está sempre lá não está? Por mais que se tente o oposto, a necessidade de agradar vem ao de cima. E eu deixei de lutar contra isso. Estou em fase de Carochinha.
Que é como quem diz, quem quer casar com a Carochinha?

Smile on!


E depois caem noites como a de segunda.

Open your eyes

Natalie Portman by David Slijper

Eram cinco da manhã. Tinhamos acabado de entrar em casa. Ainda estou para perceber como conseguiste dar com o buraco da fechadura. Levavas os dedos aos lábios e susurravas-me shhhh tão alto que dava para acordar a casa inteira. Fui fumar um cigarro à varanda e quando voltei tinhas ligado o computador. O que estás a fazer? Shhhhh - respondeste. Fiquei à espera que deixasses de sorrir como uma parva e, estou a adicioná-lo ao meu grupo de amigos. Agora? Passados cinco anos? Estás a lembrar-te dele agora? Quando vendes confiança e sacas os gajos que queres? Quando te maquilhas e compras Fly? Quando dizes que os gajos são dispensáveis? Engoli todas as perguntas que te podia ter feito. E depois chorei baixinho quando adormecias. Porque olhava para ti e via-me a fazer o mesmo daí a cinco anos. Isto nunca vai ter fim, pois não?

Day of your own

Eras o meu melhor amigo. Pois eras. Ligavas-me às três da manhã para me acordar e no dia seguinte não te lembravas. Bastava olhar para ti e conversavas comigo telepaticamente. Estavas sempre um passo à frente do que ia dizer-te e isso irritava-me tanto, não sabias? Entravas em minha casa, como se fosse a tua, sempre apreciei o teu à vontade, apesar de me partires metade dos móveis. Partilhava contigo bandas sonoras do dia-a-dia, trocávamos os telemóveis por tempo indeterminado. E sempre, de todas as vezes que me vias chegar, o teu sorriso estendia-se aos olhos. Esta semana, enviei-te quatro mensagens e ficaram todas sem resposta. Trocaste três frases comigo e nem percebeste que estou com um pé no abismo. Fiz aquele sorriso amarelo que decifravas a quilómetros de distância e nem contestaste. Um dia vi um filme em que a melhor amiga do melhor amigo ficou sem ele, agarrou em todos os comprimidos que conseguiu deitar a mão e passou para o lado de lá. O melhor amigo só soube muito tempo depois. E culpou-se por nunca ter percebido os sinais. Mas eu desculpo-te e facilito-te a vida. Não gosto de engolir comprimidos. E tu ainda não viveste as vezes suficientes para me amparares a queda.

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O meu nome é Joana. Sou insatisfeita por natureza, quero sempre mais e sempre melhor. Sou indecisa, mas quando me decido vou até ao fim do mundo. O meu sonho é fotografar o mundo e as coisas bonitas que nos rodeiam. O meu grande sonho é não ter limites para o fazer.