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"Numa versão contemporânea da fábula do pequeno príncipe (ou principezinho, consoante a altura do vosso), a raposa pediria, cândidamente, que ele viesse ter com ela todos os dias, à mesma hora, como se uma doce rotina se tratasse e pudesse fazer-lhe sentir, qual reflexo de pavlov, o prazer da antecipação, todos os dias, um pouco antes da hora combinada.
Obviamente que o pequeno príncipe (ou o principezinho, consoante a altura do vosso) burro que nem um gajo, quereria ser mais e melhor e, num rasgo de criatividade que não interessa nem ao menino jesus, acharia melhor não chegar sempre à mesma hora mas sim a horas diferentes, todos os dias um pouco diferente, deixando a desgraçada da raposa salivar constantemente e por nada. O pequeno príncipe (ou principezinho), não acreditando em fábulas e achando que só ele é que sabe cativar, faria o seu próprio jogo e manipularia os resultados viciando os dados dos sentimentos e ingenuidade da raposa. Ora aparecia, ora não aparecia,ora chegaria contando anedotas sobre alentejanos que já são mais velhas que o camilo de oliveira, ora aparecia sem dizer nada ou então apareceria e só mostraria o pé, e agora a mão, e agora o rabo, qual putos de 5 anos, nunca se entregando, nunca se mostrando por inteiro achando que isso sim, é que é.


Na versão contemporânea da fábula do pequeno príncipe (ou principezinho, consoante a altura do vosso), a raposa que já não é a mesma burra de antes, apanhando fretes constantes e sem paciência para antecipações que não dão em nada (a chamada emotividade precoce) mandaria o pequeno príncipe (ou principezinho, já sabem) dar uma volta mais as suas manobras de diversão, "é que sabes, meu pequeno príncipe, o cativo, o verdadeiro, segue regras que não se alteram com o tempo e que só se entendem com o coração e a pureza dos sentimentos."
O pequeno príncipe, desgraçado, voltou para as cearas de trigo e ficou o resto da vida a falar com ervas daninhas (porque a flor também tinha murchado de tanta seca apanhar, claro)




Fim...."
Este post foi escrito pela ême. De comer e chorar por mais.

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O meu nome é Joana. Sou insatisfeita por natureza, quero sempre mais e sempre melhor. Sou indecisa, mas quando me decido vou até ao fim do mundo. O meu sonho é fotografar o mundo e as coisas bonitas que nos rodeiam. O meu grande sonho é não ter limites para o fazer.