Páginas Amarelas Parte IX

E as estatísticas passaram para metade. Já não era sem tempo. Agora metam o nariz nas biomédicas e afins se faz favor que aqui não se aprende nada.


sim, quando estou com mau humor digo tudo o que me vem à cabeça.

Porque dizes que contigo estou sempre a sorrir,



I can't stay on the ground

Exigimos sempre demais uns dos outros. Criamos mundos e fundos na nossa cabeça e depois é vê-los desabar como peças de legos uns atrás dos outros. É por isso que nada é perfeito. Ninguém é perfeito. Nada corre como imaginamos. As exigências só servem para nos desiludir e pedir aos outros o que eles não podem / querem dar. Mas a confiança. Essa é uma questão completamente diferente. Apresentarem-nos um muro de três metros e dizerem-nos que somos capazes de saltar parece uma loucura. Negamos, damos voltas e voltas, olhamos de soslaio para o muro para que nos pareça mais pequeno, mas nunca de frente. Se nos dão a oportunidade de o contornar nem olhamos para trás. Mas, e quando confiam em nós mais do que nós próprios? Quando nos olham nos olhos como fazem com os super heróis, do género, estás à espera de quê para saltar? Somos capazes de dizer que não? Inventamos desculpas a contar com o fracasso? Ou fechamos os olhos com força e acreditamos que realmente é possivel voar? O muro está mesmo aqui. À espera que salte. Atrás tenho uma multidão a assistir. E eu ainda estou à espera que me cresçam as asas.

Vou falar-te de amor pela primeira vez

E depois olho para trás e vejo que valeu a pena toda a merda pela qual passei, se o resultado foi encontrar-te.

Show must go on

Não há nada pior do que assistir a lutas interiores. Não. Afinal há. Pior só mesmo assistir a lutas interiores de pessoas de quem gostamos e não podermos fazer nada. É como fazer zapping, ter o azar de passar num canal em que passam documentários de crianças a morrer à fome e o comando ficar sem pilhas. Somos obrigados a ficar sentados, em frente ao ecran gigante, as imagens entram-nos pelos olhos dentro e temos de permanecer naquela posição até ao fim. Podemos fazer claque, bater palmas, dar apoio moral, mas é impossível intervir. São as batalhas próprias, os testes individuais, a maneira de cada um crescer. E dói. E dói tanto de sentir como de ver. Ter a imparcialidade de ver o caminho errado que estão a escolher sem qualquer tipo de influência é de fazer gelar os ossos.

Sinto-me um cubo de gelo.

As discussões são pré-requisito para sexo escaldante.

Vou falar-te de amor...



God ! (3)

- Pareces-me com má cara...
- Querida isso é porque agora és comprometida.
- O que tem isso a ver?
- É que quando eras solteira e desesperada parecia-te um donuts!

Das modernices,

enquanto cozinhas para mim, entretenho-me a ver um filme pornográfico.

Páginas Amarelas Parte VIII

É fantástico perceber que as pessoas me julgam pelo que escrevo neste blog. Ai que ela é uma coitadinha, ai que ela está caidinha por ele, bla bla bla, pardais ao ninho e por aí fora. E agora está triste e agora está contente e agora é uma porca. Hey, gente. Wake up. Isto só se resume a um diálogo que tive aqui há tempos:

- O que fazes?


- Canto.


- O quê?


- Músicas... E tu o que fazes?


- Escrevo.


- O quê?


- Palavras.







Ok?

I have no story to be told

O amor faz-nos mal. Come-nos a carne e rói os ossos. Deixa-nos suspensos, numa corda bamba, e obriga-nos a tomar decisões à pressão. Mata e mói. Tudo ao mesmo tempo. Dá com uma mão e tira com a outra. E talvez seja mesmo verdade o que dizem. Talvez esteja mesmo caidinha por ti. E não seria tudo tão mau se não carregasse já uma mochila de uma tonelada às costas. É que assim que me sinto abandonada a minha cabeça viaja. Para uma realidade lá atrás. Em que ele me rejeitava dia sim, dia não. Obrigava-me a correr atrás e quando me apanhava lembrava-me que nunca corria o suficiente para estar ao lado dele. Quando ele passou a meta e se esqueceu de mim pelo caminho, jurei a mim mesma nunca mais participar em maratonas. Deixei secar as bolhas e relaxei os músculos e jurei a mim mesma que alguém devia correr atrás de mim, e cheguei mesmo a desejar ter a força para deixar alguém para trás. Mas não sou capaz. Tenho um coração demasiado pequeno para ti e grande demais para seres o único lá dentro. Estamos só na fase do aquecimento...não me obrigues a desistir agora. É que posso perfeitamente correr à tua frente.

Das fantasias de ontem

Enquanto chovia lá fora, tu estavas dentro de mim.

Just to remind you

Às vezes tenho medo de mim. Ultimamente então tem sido demais. Ou as coincidências acontecem mesmo. É que acabei agora de ler um rascunho que te escrevi há cerca de quatro meses. E tudo, tudo o que te desejei naquelas poucas palavras já aconteceu. Não gostaste pois não?

Eu cá adorei.

E não é verdade?

"Ando para aqui desconfiado que isso de ser mulher não passa, no fundo, de se estar a vida inteira sem ter a certeza se alguém gosta mesmo de nós ou se só servimos para sexo."


Das fantasias

Fecho os olhos com força e tento desligar o cérebro do corpo. -Está quieta.

A tua mão aproxima-se e toca-me, envolvo-me nas tuas pernas, respiro mais depressa.

-Está quieta.

Despes-me devagar, demoradamente, metodicamente, encosto os meus lábios aos teus.

-Está quieta.

Agarras-me o cabelo e puxas-me a cabeça para trás, começo involuntariamente a mexer-me, a pedir-te mais.

-Se não estiveres quieta, vou parar.

Páro, obedientemente.

-Não tens vergonha de fazeres tudo o que te mando?

God ! (2)

Caí na realidade que namoro com um rapaz mais novo que eu. E não tenho 40 anos nem sou divorciada, ok?

Páginas Amarelas Parte VII

A pedido de muitas famílias agora é azul.





E porque já me estava a sentir enjoada.

Basta gostarmos mais de nós do que dos outros

Também já sofri por amor. Acredita que já. Já me deitei, sozinha na cama, olhei para o tecto e senti o quarto a andar à roda e as paredes a engolirem-me. Já meti os phones a tocar músicas que eram nossas e passei por todos os sitíos onde estivemos juntos. Já me sentei à porta de casa dele só para sentir que fazia parte de alguma coisa. Já carreguei no acelerador só para sentir que podia acabar tudo e tão rápido. Já deixei de comer. Já comi tudo o que me aparecia à frente. Já fiz telefonemas desesperados e acabei por me arrepender deles. Já fui para a cama com alguém que tinha acabado de conhecer para tirar o cheiro dele da minha pele. Já intoxiquei o fígado, o cérebro e os pulmões numa tentativa de retardar as sinapses que me obrigavam a recordar. Já o vi a sorrir com outra pessoa que não era eu e culpei-me, culpei-a, culpei-o por isso. Já me senti a desfazer. E já me reconstruí. Sozinha. É possível sabes?

Na ressurreição da carne

"E agora a vida era só a primeira tentativa e não havia problema. Eu e tu podíamos voltar atrás, nascíamos os dois outra vez e tudo ficava bem. Desta vez ia ser a sério e não tínhamos de rezar escondidos debaixo dos cobertores. Agora nascíamos outra vez e os teus... Nascíamos outra vez e desta vez toda a gente gostava de nós e éramos felizes. E então aí já não tinhas de morrer nunca mais e entravas de novo pela minha porta com um sorriso e eu nem me admirava. E víamos tudo um do outro, um no outro, e eu nunca mais perdia ninguém. E agora eu tinha razão e era tudo verdade e recomeçávamos já. E agora eu tinha razão e era tudo verdade e recomeçávamos já. E agora eu tinha razão e era tudo verdade e recomeçávamos já... "



Escrito pelo T no seu Mundo Hipotético dos Se's.

Hardcore

Naomi Watts by Steven Meisel

Deep down, everyone wants to believe they can be hardcore. But being hardcore isn’t just about being tough. It’s about acceptance. Sometimes you have to give yourself permission to not be hardcore for once. You don’t have to be tough every minute of every day. It’s okay to let down your guard. In fact there are moments when it’s the best thing you can possibly do… as long as you choose your moments wisely.


Grey's Anatomy


Somos só nós os dois agora, o resto do mundo, está arrumado debaixo da cama.


roubei da Marta Filipa.

Faltam-me as palavras

Nada disto era suposto acontecer assim. Devia estar a dois milimetros de ti, não a dois mil quilómetros. Devia passar-te as mãos pelo cabelo sempre que o vento te despenteia. Dar-te um beijo antes de me agarrares com força, com medo que fuja durante a noite. Já não sei o que te dizer sobre a pressão dos poucos minutos que temos para falar ao final do dia. E hoje é o primeiro dia em que nenhum de nós consegue puxar pelo outro. Enquanto aquecias o coração ao sol, deixei o meu de molho numa das muitas poças de chuva na minha rua. Quero sentir que olhas para mim, que não consegues ver mais nada para além de mim. Quero relembrar os teus beijos e as tuas mãos. E quero as minhas palavras de volta. As que deixei contigo.

Páginas Amarelas Parte VI

Já passaram muitas pessoas pela minha vida. Umas melhores que outras. Como em tudo o resto. Atrevo-me a dizer que algumas que já não me pertencem eram as melhores. Não sou hipócrita ao ponto de dizer que sempre fui correcta, que fiz tudo certo e nunca magoei ninguém. Magoei pois. E com toda a força que tinha. Depois arrependi-me e voltei costas. O orgulho obrigou-me muitas vezes a não olhar para trás. Também não é agora que o vou fazer. Há um tempo e um espaço para tudo. E tinha de criar espaço para que outras conseguissem fazer parte da minha história. Depois há aquelas pessoas que me fizeram perder tempo. E por mais estranho que pareça (ou não) quanto mais elas fugiam mais eu corria atrás. O mais estúpido foi que deixei de as ter não porque me cansei de correr, mas porque elas me apanharam. Depois largaram-me por aí e continuei o meu caminho. Mas hoje estou especialmente irritada por ter atingido que, sem exagero, 50% das que se aproximaram de mim me queriam foder, algumas literalmente, outras não. E gastei tanta energia a tentar afastá-las que acabei por me foder a mim mesma, literalmente ou não, como quiserem interpretar.

Com direitos de autor III

" Os amigos servem para nos lembrarem daquilo que já sabemos. As mulheres servem para nos fazer esquecer tudo o que sabíamos. Está mais que provado. Os homens são todos iguais. Copiaram-se em conjunto. As mulheres são todas diferentes. Destacaram-se uma de cada vez."


Miguel Esteves Cardoso em O Amor é Fodido

Expecto Patronum

Estavas sentado na cama, de boxers, quando olhaste para mim como se me visses pela primeira vez e perguntaste " Queres ser a minha namorada?" Rebolei entre os lençóis, cheguei-me para ti e apenas com uma almofada entre nós sorri e respondi " Sim, quero". Depois ficamos assim, em silêncio, e o que não sabes é que naquele momento a única coisa que me ocorreu foi pensar na Sininho. Sim, essa mesma. A do Peter Pan. Se ela me lançasse o pozinho mágico para cima nem sequer teria de pensar em coisas felizes para fazer um lançamento directo para a lua. Isso ou invocar um Expecto Patronum para nos iluminar o resto da noite.

Vou falar-te de amor

Cheguei à conclusão que se passar todo o meu tempo livre a dormir, volto para ti mais depressa.

State of emergency

By Steven Meisel


Em Setembro do ano passado, na prisão de Paços de Ferreira, foi usada uma arma que dispara 500 volts, designada teaser, num recluso que se recusava a limpar a cela há seis semanas. A cela tinha comida, lixo, urina e fezes espalhados pelo chão e pelas paredes. Agora, os senhores guardas vão responder em tribunal perante uma acusação de violência. Bom. Parece-me muito bem. Afinal se aquele senhor está preso significa que sempre foi um cidadão exemplar, não roubou, matou ou violou crianças/avós/mães/etc. Se esse senhor sempre foi um exemplo para a sociedade porquê tamanha violência? Não concordo. Porque não sentá-lo num sofá confortável,a ver a Oprah ou a falar com um psicólogo, um cházinho de camomila à frente por causa dos nervos e umas festinhas no cabelo para ele se sentir menos excluído? Ou isso ou obrigá-lo a lamber as paredes. Se fosse eu ia pela última. Mas depois era julgada por atentado ao ser humano como cidadão exemplar. Sou mesmo desumana pá.

When the night falls in around me

Ainda não percebi se me fazes bem ou mal. Estou indecisa. Tanto me acordas para dizer que atravessaste metade da Europa para vir ter comigo, como para me dizer que isto não vai correr bem. Está a chover lá fora. Ñão tenho uma bola nem um quintal. Tenho três dias livres no próximo mês e a responsabilidade do mundo às minhas costas. Eu. Uma miúda que ainda não percebeu que cresceu. Bem vinda ao mundo dos adultos, faça favor de entrar. Mas não se paga? Paga pois, metade dos seus sonhos, liberdade e alegria. Oh, então não quero. Não quer, mas tem. Ponto. É assim que nos tornamos crescidos. Aprendemos a fazer coisas que não gostamos. E eu gosto de ti. E gosto tanto de saber isto como tu. E hoje passei o dia sozinha e amanhã, guess what? Estás a apanhar? Está a trovejar. E não tenho guarda-chuva nem casacos quentes. O meu estômago faz barulho e não tenho a sopa da minha mãe, fica tu com as três conchas. E dorme. Precisas de dormir. Eu? Preciso de ti e não te tenho. Não me acordes. Deixa-me sonhar que me bates à porta e trazes contigo a minha mala que anda perdida nos tapetes rolantes. Está escuro lá fora. Lá fora e em todo o lado.


(qualquer semelhança deste post com um ataque esquizofrénico está totalmente fora de questão, hum?)

Love me when I'm gone

So hold me when I'm here. Right me when I'm wrong. Hold me when I'm scared. And love me when I'm gone. Everything I am and everything in me wants to be the one you wanted me to be. I'll never let you down even if I could. I'd give up everything if only for your good. So hold me when I'm here. Right me when I'm wrong. You can hold me when I'm scared. You won't always be there. So love me when I'm gone.

Do nosso sofá,



The one I've been looking for


Tu - Onde é que há sorte nisso?


Eu - Onde? Cada vez que olhas para mim como se fosse a única pessoa no mundo capaz de te fazer feliz.


Tu - Isso é porque és...

Acerca de mim

A minha foto
O meu nome é Joana. Sou insatisfeita por natureza, quero sempre mais e sempre melhor. Sou indecisa, mas quando me decido vou até ao fim do mundo. O meu sonho é fotografar o mundo e as coisas bonitas que nos rodeiam. O meu grande sonho é não ter limites para o fazer.