Não foi de todo contagiante...

Vi o contágio. Pois. E esta é a primeira vez que vou criticar negativamente um filme. Ora devido a uma imunidade de uma certa pessoa que não é minimamente explorada nem compreensível, ora porque a determinado momento a trama adquire um novo contexto quando existe o potencial de ser uma arma biológica feita em Hong Kong, ora a previsibilidade da entrega de um placebo (outra coisa não se estaria à espera), ora pelo meio existir uma história de um jornalista mentiroso à espera de não sei o quê, ora porque o pânico da pandemia se resume a três roubos, um supermercado meio vazio e o lixo por recolher nas ruas. Não há drama, não há angústia, não há reacção da parte do público. Estamos constantemente à espera de alguma coisa que.... não vem. E para terminar em grande, a origem do vírus é ridiculamente estúpida. Entretanto li umas críticas positivas, pela suposta realidade do filme. Pois muito bem, não sei quanto a vocês, mas a realidade em que estamos é tão má que quando penso entrar numa sala de cinema espero experimentar um mundo completamente diferente. O que não aconteceu, de todo.

Let it burn

Temos todo o direito de estar na merda. De parar, ver o mundo que conhecíamos desmoronar à nossa volta e deitarmo-nos no chão frio. Temos o direito de dar murros na parede e sentir que existe alguma coisa que dói mais que o que temos cá dentro. Depois de lutar, de chegar alto, de dar o nosso melhor, depois de engolir sapos do tamanho de dinossauros e de sermos as pessoas fortes que esperam de nós, temos o direito de gritar a plenos pulmões que não merecemos. Que a vida não pode ser só isto. Temos e devemos tapar a cabeça debaixo dos cobertores, chorar como bébes acabados de nascer e não fazer nada para nos sentirmos melhor. Mesmo quando toda a gente diz para reagir, para abrir os olhos e a janela a um novo dia, devemos abraçar a noite, esconder o sorriso e dar as boas vindas à desilusão. Existe um tempo para tudo. O tempo da desilusão, do desespero, do luto também tem de fazer parte dos nossos dias. E hoje, olhar para dois amigos que tanto me fizeram rir e agora só têm vontade de chorar, não vou dizer-lhes que vai ficar tudo bem, que há coisas muito boas à espera deles. Vou sentir o mesmo que eles, fechar os cortinados, adormecer e repetir para mim mesma as vezes que forem precisas que a vida é uma merda, a vida é uma merda, a vida é uma merda, a vida é uma merda,a vida é uma merda.

Golden Hour

"How much can you actually accomplish in an hour? Run an errand maybe, sit in traffic, get an oil change. When you think about it an hour isn't very long. Sixty minutes. Thirty-six hundred seconds. That's it. In medicine, though, an hour is often everything. We call it the golden hour. That magical window of time that can determine whether a patient lives or dies. An hour, one hour, can change everything forever. An hour can change your life. Sometimes an hour is a gift we give ourselves. For some, an hour can mean almost nothing. For others, an hour makes all the difference in the world. But in the end, it's still just an hour. One of many. Many more to come. Sixty minutes. Thirty-six hundred seconds. That's it. Then it starts all over again. And who knows what the next hour might hold."




Grey's Anatomy

Há dias em que deixo o coração contigo

...e hoje é definitivamente um deles.

Acerca de mim

A minha foto
O meu nome é Joana. Sou insatisfeita por natureza, quero sempre mais e sempre melhor. Sou indecisa, mas quando me decido vou até ao fim do mundo. O meu sonho é fotografar o mundo e as coisas bonitas que nos rodeiam. O meu grande sonho é não ter limites para o fazer.