Just gonna stand there and watch me burn,

But that's alright because I like the way it hurts.

It's a violent world

- A Senhora desculpe, mas existe a possibilidade de estar grávida?
- Ah pois, não sei. Quer dizer...aaaahhh...vou explicar-lhe. Há um ano que tive o meu bébé. Enfim, teve de ser. Sabe como são estas coisas. Chega-se aquela idade, depois do casamento, e toda a gente pergunta Então quando começa a linha de produção? E meninos não? E uma mulher tem de dar o corpinho ao manifesto. Sim, porque os homens são paizinhos mas é só no papel e quando corre tudo bem. É vê-los a contar histórias para adormecer mas quando a fralda cheira mal nem lhes pegam. Somos nós que os parimos, que os lavamos, amamentamos e educamos. Porque isto de os homens serem os maus da fita em casa já não é o que era. Eu é que sou a bruxa, se me está a entender. E pronto já não amamento porque o puto já é crescidote. Veja bem a minha sorte. Queria tanto uma menina e saí-me mais um inútil. Gosto muito do meu filho, ah pois gosto. Mas por mais um homem no mundo até me revolta as entranhas. Mas vá, este sempre tenho a opotunidade de moldar ao meu gosto. Pode ser que saia com algum carisma. Agora voltei a tomar a pílula e não há cá nada para ninguém Fechei a fábrica e a produção. Que isto de ser mãe, trabalhadora e mulher são ofícios a mais para uma pessoa só. Ele que se contente com os jogos de futebol, os que não são à hora das novelas, e vai com muita sorte. Oh larilólela se vai.
(um SIM ou NÃO era perfeitamente aceitável...)

The hardest part

Hoje sinto-me uma pessoa com coragem. Passei a prova!

(não contando com o galo na testa e o pulso cortado, claro)

Fallen Princesses

Dina Goldstein imaginou as Princesas da Disney num futuro próximo.




Rapunzel


Ariel
Ainda acreditam no E foram felizes para sempre?

There's nobody singing to me now

'Cause it's a bittersweet symphony, this life.Try to make ends meet.You're a slave to money then you die.I'll take you down the only road I've ever been down.You know the one that takes you to the places where all the veins meet. No change, I can change,I can change, I can change.But I'm here in my mold.I am here in my mold.But I'm a million different people from one day to the next.I can't change my mold.No.Well I never pray.But tonight I'm on my knees.I need to hear some sounds that recognize the pain in me.I let the melody shine, let it cleanse my mind,I feel free now.But the airways are clean and there's nobody singing to me now.

Eis a explicação

Sim. Eu sei. Isto agora é só asneirada da grossa. Experimentem trabalhar com vinte gajos do Porto, vinte e quatro horas por dia.
Também não saíam imunes.

Prometo que é o último

Acho. Não, tenho a certeza. Tenho a certeza que já tive a minha conta de desgostos pré-adultos. Já tirei um curso para entrar no desemprego, debati-me com problemas de saúde, encarei abandonos do coração (neste caso a duplicar), fugi para o fim do mundo à procura de alguma coisa que não vem e todo o santo dia desejo o que nunca tive. Um bocadinho de sorte. Uma saída fácil. Um raio de sol, só desta vez. Estou farta de ser vítima do meu azar. Tenho mesmo de enfrentar tudo isto? Give me a break, não?É que sem um bocadinho de sorte não sou capaz...Do you understand me???
E agora que me abriste a porta...é ISTO. What the fuck???
(Escrito em duas línguas não se vá dar o caso de o Rapaz-lá-de-cima não perceber Português. Que deve ser o caso.)

Love, don't give up on me

Misha Barton




E o Outono está a chegar. Consigo senti-lo nas palavras que me saem dos dedos e no sorriso que me enche a boca. A razão...essa fica para depois. Ou para o próximo fim-de-semana.




Tooth Fairy

Lembram-se de ter dito que sou assaltada por inúmeros sonhos estranhos? Pois é. Ao fim de alguns meses a sonhar sempre com o mesmo (que não vou revelar aqui) eis que a noite passada sonhei com.....DENTES. Sim, D-E-N-T-E-S. Que me caíam todos da boca ao mesmo tempo. Assim, sem mais nem menos. Sem dor, sangue ou linhas atadas a maçanetas da porta.
Dentes. A queda ou perda total dos dentes avisa que vamos receber riquezas insuspeitas e que no futuro vamos ser muito felizes, uma vez que essas riquezas nos permitirão levar a vida que desejávamos. No aspecto afectivo, a perda total dos dentes significa que seremos felizes, mas que devemos trabalhar arduamente para manter essa felicidade e, sobretudo, ter muito cuidado com as pessoas de quem gostamos se não as queremos perder. (Dicionário dos sonhos)
(não, não insistam, não vou revelar mesmo o que andei a sonhar.)

Time's a loaded gun

A felicidade dá cabo de nós. Quando se experimenta o amor verdadeiro, não se aguenta as posteriores imitações baratas. Fazê-lo seria como beber Cola do Lidl, depois de saborear a Original. As comparações são inevitáveis, e porque faz isto e não aquilo e não disse coiso e tal, o dedo mindinho é demasiado grande, não gosta de massa, tem cabelo a mais,lê Saramago, etc. Ser feliz não devia exigir sacrifícios, muito menos a um coração cansado como o meu. Um dia, devia abrir a porta e pimba!, borboletas a bater asas no estômago, bolhas de sabão à minha volta, Coldaplay para banda sonora e era feliz para sempre. Mas não acontece assim. E o relógio faz tic-tac, tic-tac e fico com pele de galinha ao imaginar a cama vazia e as perguntas de sempre Então, o que aconteceu? E eu respondo: A vida, o que aconteceu foi a vida. Essa filha da puta.

Flores de Outono

- E agora como fazemos?
- Será que não percebem que estão a dificultar o encontro de duas pétalas da mesma flor que já não se vêem uma à outra há demasiado tempo?

Que é rica e engraçadinha?

Todos os dias temos de aceitar o amor. A disponibilidade para amar começa de manhã, bem cedo, ainda de madrugada, outras vezes vem só ao final da tarde ou espreita à noitinha. O que é certo é que está sempre lá. Seja porque trabalhamos em saúde e o nosso sorriso é sinal de conforto, porque o melhor amigo precisa de descansar a cabeça no nosso ombro, porque damos prioridade a uma pessoa de mais idade ou enviamos uma mensagem de boa noite a quem nos aconchega a alma e o coração. Muitas vezes esta disposição para o amor nem sequer dá nas vistas, é gostar do que se vê no espelho, o brilho nos olhos ao recordar o que já lá vai. As mãos dadas para atravessar a rua e o bom dia ao vizinho do lado. Mas está sempre lá não está? Por mais que se tente o oposto, a necessidade de agradar vem ao de cima. E eu deixei de lutar contra isso. Estou em fase de Carochinha.
Que é como quem diz, quem quer casar com a Carochinha?

Smile on!


E depois caem noites como a de segunda.

Open your eyes

Natalie Portman by David Slijper

Eram cinco da manhã. Tinhamos acabado de entrar em casa. Ainda estou para perceber como conseguiste dar com o buraco da fechadura. Levavas os dedos aos lábios e susurravas-me shhhh tão alto que dava para acordar a casa inteira. Fui fumar um cigarro à varanda e quando voltei tinhas ligado o computador. O que estás a fazer? Shhhhh - respondeste. Fiquei à espera que deixasses de sorrir como uma parva e, estou a adicioná-lo ao meu grupo de amigos. Agora? Passados cinco anos? Estás a lembrar-te dele agora? Quando vendes confiança e sacas os gajos que queres? Quando te maquilhas e compras Fly? Quando dizes que os gajos são dispensáveis? Engoli todas as perguntas que te podia ter feito. E depois chorei baixinho quando adormecias. Porque olhava para ti e via-me a fazer o mesmo daí a cinco anos. Isto nunca vai ter fim, pois não?

Day of your own

Eras o meu melhor amigo. Pois eras. Ligavas-me às três da manhã para me acordar e no dia seguinte não te lembravas. Bastava olhar para ti e conversavas comigo telepaticamente. Estavas sempre um passo à frente do que ia dizer-te e isso irritava-me tanto, não sabias? Entravas em minha casa, como se fosse a tua, sempre apreciei o teu à vontade, apesar de me partires metade dos móveis. Partilhava contigo bandas sonoras do dia-a-dia, trocávamos os telemóveis por tempo indeterminado. E sempre, de todas as vezes que me vias chegar, o teu sorriso estendia-se aos olhos. Esta semana, enviei-te quatro mensagens e ficaram todas sem resposta. Trocaste três frases comigo e nem percebeste que estou com um pé no abismo. Fiz aquele sorriso amarelo que decifravas a quilómetros de distância e nem contestaste. Um dia vi um filme em que a melhor amiga do melhor amigo ficou sem ele, agarrou em todos os comprimidos que conseguiu deitar a mão e passou para o lado de lá. O melhor amigo só soube muito tempo depois. E culpou-se por nunca ter percebido os sinais. Mas eu desculpo-te e facilito-te a vida. Não gosto de engolir comprimidos. E tu ainda não viveste as vezes suficientes para me amparares a queda.

God put a smile upon your face

Porque há sempre vidas melhores que a minha. O mundo gira, gira sem qualquer sentido, sem rumo nem destino, sem sair do mesmo sítio, faz-me lembrar de mim. Porque já não posso ouvir Radiohead, está tudo demasiado corroído do tempo e do medo. As pessoas olham, naquele segundo consentido e não percebem o que vai cá dentro, o que me faz lembrar de mim. Desejos por corresponder, carne que não vê carne, há demasiado tempo. A cabeça que roda, roda sem pensar, sem respostas ou razão. E o mundo passa, a vida passa, e eu quero voltar para casa. Para perto de todos os que são meus e onde me faz lembrar de mim. Porque já não sei chorar e escrever ao mesmo tempo. Músicas sem vontade escondidas no mp3, repeat, repeat. E já não quero voltar à cidade branca e subir degraus, quero ver luz cá dentro e sem nuvens lá fora. Don’t leave me high, don’t leave me dry. Aqui no chão frio, um tecto despido, demasiado cansada para fixar o olhar, para voltar a ter equilíbrio e perceber o porquê do mundo não parar de oscilar. Está tudo repleto de desníveis sem aviso, uma placa de perigo ao pisar. E a vontade de gritar alto, cada vez mais alto, de bater na parede e sentir o peso do tempo e da pressão, God put a smile upon your face. Foda-se.

Calendário de festas

Hoje é dia do meu calcanhar de Aquiles.

Love hurts

- O que é o amor para ti?
- É estar com uma pessoa a quem me apetece atirar com um machado à cabeça todos os dias e, por uma qualquer razão inexplicável, não o faço.

Esta é tua R.

Antes de bater a bota




Nadar com golfinhos.


E tu?

Shut your mouth

Se há coisas que me fazem confusão são pessoas que se acham muito inteligentes, senhoras de si, com direito a pedestal e tudo. Passam por nós com aquele ar superior, de quem não está minimamente interessado em descer do "palco" e falar com a plebe. Criticam tudo e todos, nada do que os outros fazem está como deve ser. E isso não pode ser assim e não concordo, de todo. Mas quando estão no momento certo para se chegarem à frente e abrir a preciosa boquinha, só sai merda. Literalmente.

Don't lie to me

A vida é baseada em mentiras. Maiores menores, todas têm a sua relevância. Mentimos por amor, por medo, por orgulho, por maldade. Mentimos para não mostrarmos a nossa insegurança e para agradarmos aos outros. E quando mentimos a nós próprios? Quando fingimos que está tudo bem e não se fala mais nisso? Não gosto de perguntar está tudo bem?, porque nunca está. Ninguém está bem. Há contas para pagar, amizades perdidas, dores secretas, empregos entediantes, sonhos desfeitos e ervilhas debaixo dos colchões. Então, porque insistem responder sim, está ? Comigo não está, e com vocês?

Como é possível

que um coração partido continue a bater?

E hoje bateu feliz.

A princesa e a ervilha

Não fode, nem sai de cima. É uma expressão que caracteriza o dia-a-dia de várias pessoas. Como aquelas que nos aparecem à frente caídas do céu, enchem-nos o coração de gomas e confetis e depois puff. Nem uma atitude decente. Ora o que chateia é que o coração excitadíssimo com a mais recente descoberta, seguida de uma desilusão barata (daquelas que nem têm nível para romance), não consegue acompanhar a montanha-russa destas situações pseudo-românticas. E adoece. Muitas vezes gravemente. É vê-lo com arritmias, insuficiências e fadiga crónica. Fica-se doente do coração e do amor. Porque é o amor que mata o coração. Lentamente. Mas o músculo involuntário lá conhece um médico cardiologista porreiro, umas receitas SOS e a coisa resolve-se. E o amor? Como se resolve o amor? Com chá e torradas? Exercício físico? Canja de galinha? Noitadas com os amigos? Não me parece. O amor mal resolvido torna-se na ervilha que, debaixo de vinte colchões, atormentou a princesa toda a noite. Mesmo com outros vinte em cima, vai continuar a doer.

Don't touch my moleskine

Enquanto adormecia escrevi um post na minha cabeça. Com direito a título e tudo. Daqueles bem giros, que só me surgem muito de vez em quando. Palavra por palavra, até as vírgulas estavam no lugar certo. E caí no sono a sorrir, porque tinha imensa graça. E hoje quando me sentei para escrevê-lo, pimba! Varreu-se-me! Nem sequer consigo lembrar-me do assunto. O que me leva a duas conclusões possíveis. Sou um génio da literatura, tipo Fernando Pessoa, que escreveu Álvaro de Campos praticamente numa noite. Pouco provável. Ou preciso urgentemente de um moleskine em alerta na mesa de cabeceira. Vou já tratar disso.

Com direitos de autor (1)

" O que eu sei das mulheres, meus amigos, é isto: elas são muita gente ao mesmo tempo. Como se trouxessem todas as variedades de vida dentro dos seus corpos. Elas são feiticeiras e anjos e putas. E homens, também. Todavia, são capazes de destapar o céu e agradecer. Nós não sabemos fazer nenhuma destas duas coisas."
Íntimos de Inês Pedrosa

Yes, I can

Desenvolvi uma dependência quase visceral com a minha cidade. A minha terra. A minha casa. Onde estão as minhas histórias e o meu céu azul. Mas ontem alguma coisa mudou. Sentada, a olhar para onde o mar se funde com o céu. Percebi que esta nunca vai ser a minha vida, a minha gente, o meu sal, mas posso e consigo e quero ser feliz aqui.

That's the way it is

Gosto de um homem que abra a porta para eu entrar, que me peçam se faz favor e acabem com muito obrigado, de dormir de lado com uma perna dobrada e a outra esticada, de bolo de chocolate, que me expliquem as coisas mais do que uma vez, de receber margaridas, de sapatos da Fly London, de passear de inverno junto ao mar, de sessões de fotografia, que me ofereçam maquilhagem, de roer as unhas, de ler um livro por semana, de chorar a ver filmes tristes,de homens altos e de desaparecer de vez em quando. E pronto. Mas não gosto nada de dizer pronto.

Desculpa, mas vou chamar-te amor

Apetecia-me um amor adolescente. Daqueles que me faz sonhar enquanto estou acordada. Faltar às últimas aulas da tarde para uns beijos roubados atrás do ginásio. Escrever o nome dele em todas as páginas do livro de Inglês. Esconder uma fotografia debaixo da almofada e contemplá-lo até adormecer. Confessar nos inúmeros diários que sem ele não consigo respirar. Dar as mãos durante um filme de terror no cinema e partilhar a mesma pastilha elástica. Desenhar os nossos nomes numa árvore perdida no meio da cidade. Responder às mensagens sem pensar duas vezes no sentido das palavras. E poder chamar-lhe amor.

Para mim,

a esperança podia ser a primeira a morrer.

We can make the best or the worst of it

Começar de novo. Pelo princípio. Pelo fim. O que interessa. Interessa, sim, começar de novo. Lavar a cara e as mãos e enfrentar o mundo que não pára de girar. Carregar no reset e ter uma nova perspectiva. Ir até ao fim do mundo se for preciso. Esquecer palavras, sonhos, ilusões. E começar tudo de novo. Perceber o que é bom para nós. O que nos faz bem.




Afinal, não é preciso procurar muito.


















Acerca de mim

A minha foto
O meu nome é Joana. Sou insatisfeita por natureza, quero sempre mais e sempre melhor. Sou indecisa, mas quando me decido vou até ao fim do mundo. O meu sonho é fotografar o mundo e as coisas bonitas que nos rodeiam. O meu grande sonho é não ter limites para o fazer.