Nobody said it was easy

Vou enfiar um comprimido para dormir pela goela abaixo e tentar esquecer que não estou onde queria estar.
Foda-se, dava um dedo para lá estar. Um mindinho, vá.

Hum hum

Há sempre uma pessoa que nos parte. E há sempre outra que nos conserta.

Daqui.

I've got you under my skin

Rachel Weisz


Entrei no quarto. As imagens da televisão reflectiam-se em ti. Encostei-me à parede gelada e tive consciência que já não sentia os pés no chão de mosaico. Pede-me desculpa. Nem te deste ao trabalho de me olhar, Não. Pede desculpa - reforcei. Nunca peço desculpa, respondeste. Comecei a despir-me. Primeiro devagar. Depois cada vez mais depressa. Pede desculpa. Com os pés queimados do frio, comecei a tremer. Descontroladamente. Pede desculpa. Colaste os teus olhos no meu corpo. Numa fracção de segundos, esborrachaste a tua boca contra a minha, com uma impulsividade implacável. Agarraste-me com força e levaste-me até à cama. Enquanto prendia os meus dedos na tua boca entraste em mim. Obrigaste-me a olhar-te e disseste numa voz arrastada, desculpa querer-te tanto.

Like angels in a crossfire

O amor não mata mas mói. É uma expressão já bem conhecida do público em geral. E quando aqui escrevo a palavra "amor" não é para ser levado literalmente à letra, passo a redundância. Amor, no meu actual contexto, é referente às relações, à atracção entre duas pessoas, à conquista, ao jogo do gato e do rato, às palavras ditas sem voz e aos gestos que não precisam de toque. O amor é fodido. E, agora sim, literalmente. Andamos todos à procura dele e ele escapa-nos das mãos do dia para a noite. Assim, de um momento para o outro. Olha, olha já passou! E nem damos por isso. Andamos de tal forma cegos com a própria ideia do amor que não vemos que ele se desfaz ainda antes de ser construído. Que começa a cheirar mal mesmo antes de apodrecer. E que mói. Mói tanto e de tal maneira que quando passa por nós deixa um rasto de destruição. Ficamos em convalescença até surgir mais um e aqui, meus amigos, a verdade é esta: uma mulher quando não ama um homem, gosta de vários. E o gostar é relativo. Neste momento o meu gostar resume-se a uma frase. As expectativas, lembram-se?, são umas filhas da puta. É que mesmo quando o jogo está todo em cima da mesa, há quem faça batota.

wish me luck

- Sabes qual é o problema? É que és exactamente como eu. Não lidas bem com as situações quando estás sozinha. Tanto precisas de alguém para gritar ao telemóvel e encostar à parede, como para te retribuir o sorriso gigante que lhe dás. E essa, minha querida. É a verdadeira missão impossível.

Shut down or save my life tonight

Keira Knightley

Pela minha experiência. Pouca. Existem dois tipos de mulheres. As princesas e as camponesas. Categorias que nada têm a ver com o poder ficanceiro, atenção. A meu ver as mulheres princesas são as que necessitam constantemente de ajuda. Que as salvem. Aprendem a depender dos outros, como um bébé quando tem fome e quer que lhe cheguem o biberão. São as sonhadoras, delicadas, que desejam o seu princípe montado no cavalo branco e o cabelo a esvoaçar. São elas que, com aquele ar de gatinho abandonado, conseguem sempre levar a delas avante. E depois existem as componesas. Que têm de levantar o rabo da cama todos os dias e fazer-se à vida. São as que lutam, resmungam e mostram o seu ponto de vista. São as independentes. As decididas, brutas e chamadas putas. E porquê? Simples. Porque agem como a maior parte dos homens. Apreciam-nos, estudam-nos, fazem-nos e depois seguem o caminho delas. Não há conversa fiada e promessas sem sentido. O jogo está na mesa. Eu gosto, tu gostas, para quê complicar? Hilariante, no meio de tudo isto, é que os homens parecem não compreender as mulheres camponesas. São como seres estranhos para eles, ETs, vindas de outro planeta. E depois ainda ficam a olhar com aquele ar perplexo, mas tu não dormes cá porquê? E a única resposta possível na altura é dizer-lhes Porque sou igual a ti.

Não me defino inteiramente em nenhuma das duas. Tenho dias princesa e dias camponesa. E se ultimamente me tenho surpreendido a mim mesma devo-o a todas as vezes que caí do filho da puta do cavalo branco em que o meu suposto princípe me tentou salvar.

What happens in the car, stays in te car

Nunca pensei sentir-me tão feliz, no carro às duas da manhã, a ver-te sacar batatas fritas entre as pernas.


(não sei se foi bem assim, mas valeu pela frase R.)

All the lights that lead us there are blinding

Tentei guardar tudo para mim. Tudinho. Sem deixar transparecer um olhar, uma palavra fora de contexto, um gesto menos contido. E neguei. Vezes sem conta. Não, não, não. Por isso I don't believe that anybody feels the way I do about you now. E estou tão cheia, tão cheia. Quase a rebentar. É procurar o teu nome nas listas, é fechar os olhos e adormecer. E depois penso que melhor não me podia ter acontecido. Mas podia ter acontecido diferente. E teria sido igual? Melhor ou pior? E se ainda não acabou de acontecer? Talvez seja melhor abrir a boquinha e deitar isto tudo cá para fora. É que já não sei onde guardar-te.

Fucking hate

Não posso. Mas não posso MESMO com a expressão tás como queres.

Lição a reter

Hold up. Hold on. Don't be scared .You'll never change what's been and gone. May your smile shine on. Don't be scared. Your destiny may keep you warm .'Cause all of the stars have faded away. Just try not to worry, you'll see them someday . Take what you need and be on your way. And stop crying your heart out. Get up. Come on. Why you scared? You'll never change what's been and gone. We're all of the stars. We're fading away. Just try not to worry, you'll see us someday. Just take what you need and be on your way. And stop crying your heart out.



Das fantasias


Shame on you

Conhecem aqueles "amigos" que se mostram sempre disponíveis, que ao desabafar com eles têm sempre um "não te preocupes, vai correr tudo bem" para dizer e vos acham a pessoa mais porreira do mundo e arredores? Entretanto surge um problema, precisamos mesmo, mesmo, mesmo de ajuda e é vê-los a sair de mansinho para não repararmos que estão a abandonar o barco. Também têm desses "amigos"? Pois é. Eu estou sempre com um olho no burro e outro no cigano. E é só para avisar que quando o barco partir, não há volta a dar. Mesmo que vá mais leve.

Meet you on the other side

Adormeceste nos meus braços.
Parecias ainda mais pequenina.
Vais ocupar um vazio enorme na minha vida.

I can't tell you what it really is


Sim, devia ser um blog mais dinâmico. Devia falar sobre os problemas da actualidade, dizer mal das pessoas, opiniar de forma inteligente sobre os problemas do mundo e até mandar umas postas de pescada de vez em quando. Talvez fosse bem mais interessante. Mas quem me conhece sabe que só escrevo sobre o que me rodeia, e estamos a falar de um diâmetro neste momento alargado a 300 km. Eu, a pessoa que lia em média 2 livros por semana, via 2 episódios das minhas séries favoritas todo o santo dia, só consegue por os phones e carregar no repeat vezes sem conta. Ou agarrar-me ao volante do carro e aumentar para o volume máximo os cds que gravei nos ultimos 3 meses. Como sabem o gasóleo não está acessível logo tenho um problema em mãos. Mas tudo isto não se compara às imagens que me enchem a cabeça 24 horas por dia. Mesmo 24 horas!


Hoje acordei a apontar para onde estavas.

Yesterday was fine, now it's gone

Conhecem aqueles chupas que são àcidos no príncipio e depois adoçam a boca?
Quando cheguei à parte doce, arrancaram-mo das mãos.

Parem o Mundo que eu quero sair!

Preciso imediatamente

1. Abraço forte, daqueles de cortar a respiração
2. Mousse de chocolate
3. Bolinha anti-stress para esborrachar de cada vez que tiver medo
4.GPS
5. Run, dos Snow Patrol
6. "Vai correr tudo bem."
7. Só porque não gosto do número 6

P.S.

Estou tão cheia de coisas que não percebo se estou feliz ou triste. Já gritei, já pulei, já abracei parabéns. Falta-me chorar. Não me lembro da última vez que chorei e sinto que tenho tudo preso dentro do meu peito. Com um nó bem apertado. Dizer adeus parece irreal. Deixar-vos, deixar-te. Por pouco tempo, por muito. Quem sabe. Queria dizer-te o que nunca ouviste. Mas não funcionamos assim. Não há espaço para as palavras, lembraste? E talvez não devas ouvi-las. Talvez nem as queira dizer. Vou. Agora. Sem olhar para trás. Até um dia.
Talvez nos encontremos pelo caminho.
A.

Preto no branco

Desejei que fosse perfeito. Sem complicações. Sem tons de cinzento. Apenas preto no branco. Do género és peixe ou carne? Desejei sem palavras, só gestos. Sem fitas, só desejo. Desejei tanto. Desejei tudo. A janela depois da porta. A bonança após a tempestade. E mesmo quando contive o desejo, desejei mais ainda. Sem limites, proibições, entraves e imposições. Olhos nos olhos, mãos nas mãos. Não. Sim. E sim, em vez de não. Os teus desejos são ordens. E o desejo cresceu. A olhos vistos, a frases não ditas. Sem tempo. Com espaço. Todo. Do tamanho do mundo. E agora, não sei onde arrumá-lo.

More than words

Eva Mendes by Mert Alas and Marcus Piggott


Gosto que me mexam no cabelo. Pronto.

Geração Roskof

"Para não copiar exactamente a expressão “rasca” utilizada por Vicente Jorge Silva, jornalista e ex-deputado, expressão usada há alguns anos num texto em que criticava a geração mais jovem, inclino-me para a expressão “roskof”, bem conhecida da gíria verbal portuguesa.
George Roskopt, um alemão naturalizado suíço inventou há muitos, muitos anos um relógio prático e barato, que ficou com o seu nome, e que foi uma espécie de relógio do povo. Segundo consta, tratava-se de um relógio barato, barulhento e que não era muito “pontual”, ora se adiantando, ora se atrasando. Foi até, na altura, objecto de um certo escárnio pelos selectos fabricantes de relógios da Suiça.
O Roskopt foi utilizado pelas classes operárias e pelos camponeses.
No nosso Alentejo, há cerca de 150 anos era o relógio dos trabalhadores do campo e nos Estados Unidos foi o relógio dos operários tayloristas e fordistas (que com o Roskopt controlavam o seu tempo de trabalho até então só mensurável pelos patrões).
Consta que António de Oliveira Salazar também preferiu este relógio simples, apesar de poder ter acesso a outras marcas bem mais conceituadas.
Ora o que é que é que um relógio tem a ver com uma geração?
À partida, nada e tudo.
É que a actual geração mais jovem, já não exactamente coincidente com a do Vicente Jorge Silva, o que configura uma evolução (negativa) na continuidade; aquela que se encontra agora
à beira de entrar no mercado de trabalho não tem minimamente noção do tempo e da importância do mesmo.
Esta geração é “roskof”, não só porque não têm um Roskopt, mas porque têm, e em excesso, computadores portáteis, “Play stations”, IPODs e outras tantas ferramentas tecnológicas que a retiram da realidade e a leva a viver num mundo virtual, perfeitamente imaginário, onde o tempo não conta. OS jovens dessa geração embrenham-se nos jogos das consolas, nas conversas com pessoas que não conhecem (via “Messenger” e outros canais electrónicos) e na visualização de filmes e todo o tipo de imagens diversas. O mundo deles é visto através de janelas virtuais e não através da vida vivida, feita de experiências e de contactos directos, frontais, face a face, com pessoas.
Os “amigos” desta geração de jovens podem estar a milhares de quilómetros, mas estes jovens não sabem o nome do vizinho que mora na casa ao lado ou no apartamento por baixo. Podem até cruzar-se no elevador, mas mais nada.
Esta geração desenraizada não tem metas, não tem objectivos precisos e definidos; esta geração não tem princípios ou valores solidamente arreigados que defenda até à exaustão.
Os operários norte-americanos utilizavam- vamos simplificar- o Roskopt para defenderem os seus interesses enquanto trabalhadores; eles não queriam ser explorados pelo patrão em mais tempo no trabalho.
O que fazem estes nossos jovens de hoje, os que estão à beira de entrar no mercado de trabalho ou já a entrar no mesmo?
Depois de um longo percurso académico e formativo alguns já com mestrados e tudo, sujeitam-se a trabalhar por 500 euros brutos por mês (sim, há jovens com formação superior a receber este valor), a recibo verde ou em regime de trabalho temporário, e a trabalharem 14 e mais horas por dia, sem pagamento de horas extraordinárias, e não refilam. Não reivindicam, não batem o pé, quase agradecem de mãos postas por alguém (às vezes multinacionais riquíssimas com lucros exorbitantes) os deixar adquirir experiência, quase pagando para trabalhar, porque se descontarmos aos 500 euros o dinheiro dos transportes e a alimentação, aí não sobra muito.
Já os trabalhadores do campo alentejanos, aqueles, provavelmente não muitos, que teriam o Roskopt, não conseguiam deixar de ser explorados de sol a sol, comendo pelo meio-dia uma côdea de pão e uma mão cheia de azeitonas. Os senhores feudais do Alentejo de há 150 anos não tinham contemplações na exploração de mão-de-obra e a Catarina Eufémia só surgiria muitos anos mais tarde.
Hoje a geração jovem é tão passiva como os camponeses alentejanos de então, não tem proactividade, não procura lutar pelos seus interesses e é facilmente dominada pelos detentores do capital e dos meios produtivos. Se os alentejanos se contentavam com o pão e as azeitonas, os jovens de hoje contentam-se com os 500 euros.
É inacreditável ver uma geração que vai sofrer, provavelmente como nenhuma desde há muitos anos, os efeitos de uma conjuntura – que mais do que conjuntura vai ser um movimento estrutural de modificação, a meu ver para muito pior, de toda a sociedade - é, inacreditável que essa geração não se levante em peso e não coloque o dedo em riste aos políticos, aos governantes e aos restantes detentores do poder de decisão sobre matérias tão importantes.
Por muito menos do que o que está a ocorrer actualmente no mundo, surgiu o Maio de 68. Esta geração não terá consciência de que sem ela, esta gente que domina o país e o planeta não tem como manter os seus gritantes privilégios?
Não terá consciência de que com a sua simples mas massiva recusa em aceitar condições de trabalho e de vida pouco dignas como as que lhe são agora apresentadas poderia influenciar a produção de mudanças significativas?
Este jovens de hoje não conseguem ver que o fosso entre ricos e pobres é cada vez maior e que os pobres de há 30/40 anos eram os analfabetos e os que tinham apenas a instrução primária e que os pobres de hoje já têm mestrados e doutoramentos?
O que andam estes jovens a fazer, a viver uma vida fingida, um hipotético sonho para não enfrentarem a realidade?
Que cobardia é esta? Estarão eles à espera de que os que foram jovens nos anos 60 e 70 do século passado ainda rebusquem as suas já bastante gastas energias para lutarem por eles? Pobre geração esta!...Muito barata e acessível, tal como o Roskopt.
Esta Geração Roskof não comenta os aumentos dos combustíveis, não se importa com o aumento dos bens alimentares (pois se são os papás que continuam a pagar a factura,mesmo quando já têm mais de 30 anos), não luta por um melhor ambiente, não antevê que num futuro muito em breve a própria água custará os olhos da cara?
O que fazem os jovens de hoje?
Esta Geração Roskopt passeia-se nas escolas e universidades, com brincos, “piercings” e tatuagens e com os umbigos à mostra, dormitando solenemente nas salas de aula ou dedilhando o telemóvel, sem pôr em causa o que os doutos, teóricos e pouco motivadores professores lhes debita.
E ainda escrevem, como há uns tempos li num jornal universitário, que não são uma geração “rasca”, mas sim uma geração “à rasca”.
E estão mesmo “à rasca” e continuarão “à rasca” enquanto forem “roskofs”, isto é, acessíveis, baratos, económicos e pouco exigentes em termos de qualidade. Tal como o Roskopt. "
de Jorge Coelho Martins
Para todos os que me pedem calma quando tento defender os meus interessas mais afincadamente e para todos os que pertencem à Geração Roskof, que também é minha, e aceitam trabalhar nas péssimas condições que oferecem. Porque são vocês que permitem o estado em que as coisas estão!!!

Das portas fechadas

E agora é só distribuir autógrafos e agradecer os elogios telegénicos. Mas na altura foi mais do género Vá, precisam de ti para falares com a comunicação social! Eu? Euzinha? Com um herpes e tudo? Com uma camara apontada à fronha e uma pessoa que não conheço de lado nenhum a fazer-me perguntas para as quais só me apetecia responder com três berros e asneirada da grossa? Pois. Mas foi. E já está. Doeu um bocadinho, mas espero que se faça justiça. Alguém tem de dar o corpinho ao manifesto, não é verdade?

I pray that something picks me up

Era uma vez uma menina. Com um sorriso gigante. E a bruxa má tinha inveja do sorriso da menina. Então lançou-lhe uma maldição. Daquelas de que não há forma de escapar. A partir desse dia sempre que a menina sorria a maldição recaía sobre ela e tudo o que lhe trazia felicidade desaparecia. E a menina lutava, lutava. Sem sentido, sem rumo ou futuro, com as mãos e os joelhos esfolados. Foi assim até ter tirado uma licenciatura e ficar no desemprego, até perder um grande amor no dia do seu aniversário, até ter de percorrer 300km para manter a cabeça ocupada, até hoje.
O dia em que as portas de fecharam. O dia em que sou obrigada a dizer-vos adeus. Vocês. Os vossos sorrisos, as noitadas até de manhã, os jogos de computador, os mil e quinhentos cigarros partilhados, os jantares na casa de todos, os devaneios nos turnos nocturnos, as partidas, as fotos nos cacifos, os filmes na recepção, as fotos na praia, os nuncas, o "amanhã é a que horas?", "queres vinho?", dizer adeus a alguém que me fez sentir quem sou, que nunca mais vou olhar nos olhos, que me fez renascer.
Vocês. A minha família do Norte no Algarve. Os amigos de todos os dias. Vocês.
Pessoal...Vamos andar à PORRADA???

Do mundo dos iogurtes

A Teclas inspirou-me com o último comentário. Realmente vivemos num mundo de iorgurtes. Já pensaram nisso? Existem vários tipos de pessoas e todas elas se enquandram num tipo de iorgurte. Aquelas que sabem bem no princípio, mas depois enjoam, como é o caso dos iorgurtes com aroma. As que são completamente imprevisíveis e a cada colherada é uma surpresa, o típico caso dos iorgurtes com pedaços. E depois ainda há aquelas pessoas que vamos adiando, adiando...não é hoje, amanhã também não...ai que agora não posso, logo se vê...e quando se dá a oportunidade, estão passadas da validade! Mas do piorio, são as que fermentam, fermentam, dão gosto à vida e no final acabam sempre por fazer estragos.

O que tem de ser tem muita força

Detesto ser obrigada a fazer coisas que não quero. A dizer o que não quero e estar onde não quero. Mas às vezes tem mesmo de ser. Porque é a felicidade de outras pessoas que está em causa. Pessoas que gosto muito, claro está. Não faço sacrifícios por qualquer pessoa, por muito pouco heróico que isto possa parecer. A vida é demasiado curta para fretes e conversas de circunstância. Para dizer que gosto de conduzir, quando na verdade gosto que me conduzam. Mas vá, uma noite não são noites. E hoje, apesar de estar com o coração acelerado, o pensamento longe e os batimentos cardíacos ao som de uma ampola de adrenalina cada vez que o telemóvel toca, vou manter-me calma. Sorrir como se nada fosse e agradecer a visita.
(vá, também vou olhar para o relógio determinadamente à espera que ele se apresse, e vou fechar os punhos com força e tudo, como fazia o japonês do "Heroes". Vale sempre a pena tentar, certo?)

You're really gone

E ontem dei um chuto na moral, na decência, na persuasão, na nostalgia. Mandei a "faz-te-de-difícil-senão-estás-feita" para o caralho e deixei-me ir.
E hoje sinto-me leve.

Maybe that's what happens when a tornado meets a volcano

Katie Holmes by Mert Alas & Marcus Piggott


Existe um tempo certo para fazer as coisas. O mais certo é não acontecer quando mais o desejamos, mas quando estamos preparados para isso. Muitas vezes quando desistimos de lutar pelo que realmente queremos, é exactamente quando o nosso desejo nos cai no colo. Assim. Como uma trovoada nos dias quentes de Verão. Não era prevista, mas muda todo o nosso dia. Não volto a pôr as mãos no fogo por ninguém. Não volto a espreitar a toca do lobo. A fingir ser alguém que não sou e nunca fui.


Esta sou eu.


E é tão bom saber que gostam de nós exactamente como somos.

Time out

Já vos tinha dito que normalmente só escrevo quando estou demasiado cheia para digerir tudo o que me acontece. Quando as coisas não me correm como quero ou imaginei na minha cabeça. Percebem agora porque há três dias não escrevo?

I could really use a wish right now

E depois há pessoas que aparecem. Assim, sem mais nem menos ou aviso prévio. E, inexplicavelmente,quebram a nossa rotina.

It's painless

Tudo o que é bom acaba depressa. E, por vezes, nem chega a começar. Desaparece num piscar de olhos. Enquanro o diabo esfrega um olho. E depois dói. E dá taquicardia. Porque este coração não aguenta muito mais e há coisas impossíveis de não sentir. E a Alemanha é tão longe. E eu que estou aqui, agora, a aprender a ser feliz. E sei que não vou conseguir recusar. E que deixo para trás pessoas que já fazem parte da minha vida. Outra vez. Sempre. Afinal qual é o Teu problema?

Heart asks pleasure first

Respirar fundo. Não, não me vou enervar. Ontem também não tive uma crise de hipertensão arterial e depois provei a droga da violação. E também não parei numa operação de STOP com cara de ter mandado para a veia. Foste tu que me salvaste C., com a brilhante ideia de comunicar ao Sr. Polícia que trabalhávamos no hospital. E apetece-me ver os Simpsons. Mas o meu coração está a escrever torto por linhas direitas e isto está a dar-me cabo dos nervos. Mas vá, vou ali medir a tensão só mais uma vez para ver se bato o recorde e chego aos 16. Mas e os Simpsons? Acho que vou mesmo comprar um ovo Kinder.

All night long

- Olha, vai-te foder.
- Deus te ouça!

This never ending story

Sinto-me lisonjeada por ser um porto seguro. Por acreditarem em mim e ser o ponto de partida e chegada num mesmo ciclo. Mas quando voltam a mim só para satisfazer a curiosidade e sentirem-se bem convosco próprios, pensem duas vezes. Se já saíram da minha vida foi por opção vossa. Tomar a decisão de sair da vida de uma pessoa deve levar tempo e ter várias coisas em consideração, logo é uma decisão ponderada e definitiva. Logo não seria suposto voltarem. E muito menos tentarem aproveitar-se da minha eventual fragilidade. É certo que somos o sítio que nos faz falta, neste caso talvez se aplique também às pessoas. Somos as pessoas que nos fazem falta. Mas por mais falta que nos façam, a maior parte das vezes não convém diminuir a distância. Se ela lá está é porque é precisa. Percebes?

Acerca de mim

A minha foto
O meu nome é Joana. Sou insatisfeita por natureza, quero sempre mais e sempre melhor. Sou indecisa, mas quando me decido vou até ao fim do mundo. O meu sonho é fotografar o mundo e as coisas bonitas que nos rodeiam. O meu grande sonho é não ter limites para o fazer.