I would never let myself forget

Um dia disseram-me que eu podia ser quem eu quisesse. E eu aceitei o desafio, armada em esperta. E realmente fui. Fui uma pessoa completamente diferente durante alguns meses. E gostei. Muito. Sentia-me mais leve, principalmente. Sair da minha pele foi como nascer outra vez. Mas com a diferença de saber tudo e ter consciência de tudo o que já vivi. E não pensei. Um dos meus grandes defeitos é pensar demais, overthinking, como agora é chique dizer. Por isso, resolvi por de lado os miolos e agir com o resto. Lançar-me fora da minha zona de conforto e aproveitar todas as oportunidades que me deram.
Agora, que o meu papel chegou ao fim e não há mais páginas no guião sinto-me meio perdida. E dou por mim a questionar-me sobre o que fiz e o que podia não ter feito. E tirei a minha grande conclusão. Não consigo dissociar-me. Não consigo ser outra pessoa a 100%. E, se o consegui, agora sofro por isso. Porque tudo o que não pensei na altura, cai agora aos trambolhões. Como se o mundo fosse acabar já amanhã e tivesse de acontecer tudo de uma vez. Adiar o meu overthinking foi um erro. Há-que pagar por ele.

3 comentários:

  1. Mas a viagem valeu a pena?

    (porque de vez em quando isso é mais importante que o resto e, até nova rota, compensa)

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  2. Se agora não me sentisse tão perdida, diria que foi a viagem da minha vida.
    Equacionando as coisas dessa maneira, é bem simples de definir :)

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  3. Estar perdida é necessariamente mau ? Não é preciso perder-se para se encontrar.
    Desconfia da zona de conforto, desconfia. Nascemos nus.
    Onde fica o instinto no meio de tudo isto ?
    "O cérebro é um orgão sobreavaliado" Woody Allen

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O meu nome é Joana. Sou insatisfeita por natureza, quero sempre mais e sempre melhor. Sou indecisa, mas quando me decido vou até ao fim do mundo. O meu sonho é fotografar o mundo e as coisas bonitas que nos rodeiam. O meu grande sonho é não ter limites para o fazer.