O ponto de interrogação

Chega-se a um ponto em que não se sabe o que fazer. Sento-me e espero? Ou pego no mapa e tento decifrar o caminho? Será que tenho as chaves certas, ou a porta vai fechar-se na minha cara como daquela vez? Será que quero descobrir o que está do outro lado da porta? Ou, mais cedo ou mais tarde, acabo por perceber que depois da curiosidade vem o tédio? E este nevoeiro de onde vem? É preciso piorar as coisas? Não são já difíceis o suficiente? E o Inverno? Já estava na altura de ir embora. E as dúvidas? Podiam ir com ele. E o coração? Esse fica aqui bem quentinho dentro do peito que não o quero a vadiar tão cedo. Está demasiado frio para exercícios emocionais. E o amor? Esse, quando o encontrar na rua, está fodido.

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O meu nome é Joana. Sou insatisfeita por natureza, quero sempre mais e sempre melhor. Sou indecisa, mas quando me decido vou até ao fim do mundo. O meu sonho é fotografar o mundo e as coisas bonitas que nos rodeiam. O meu grande sonho é não ter limites para o fazer.