Chamem-lhe destino

Não há como fugir. Podemos tentar despistá-lo, obrigá-lo a contar até dez e procurar um esconderijo, voltar atrás e fazer tudo ao contrário, pensar duas vezes,andar aos ziguezagues. Não há como fugir. Tropeça em nós sempre que sentimos confiança suficiente para começar a correr. Assalta-nos a casa quando temos a certeza que demos duas voltas à chave, ao sair. Não há como fugir. Como fugir-lhe. É para isto que ele existe. Para surpreender-nos, levar-nos às gargalhadas ou obrigar-nos a partir tudo o que estava em cima da secretária. Eu não consigo fugir-lhe.
E, agora, tenho a secretária vazia e um monte de lixo para limpar.

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O meu nome é Joana. Sou insatisfeita por natureza, quero sempre mais e sempre melhor. Sou indecisa, mas quando me decido vou até ao fim do mundo. O meu sonho é fotografar o mundo e as coisas bonitas que nos rodeiam. O meu grande sonho é não ter limites para o fazer.