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O amor está sempre depois do sexo. Todo o antes é duvidoso. Os suores e a respiração ofegante que antecipa o acto são por vezes confundidos com o acto de amar. É um "amo-te... mas quero-te nú", "amo-te... mas quero percorrer todo o teu corpo com as mãos". É um amo-te permissivo. Enquanto o pronunciamos é tesão o que saí pela boca, não amor. Os beijos deixam de ser carinhos e passam a ser desejos. E é-nos dada a possibilidade de possuir qualquer parte do corpo alheio com uma única palavra. É feito sexo com a desculpa do amor. No fim, depois dos corpos exaustos, se houver espaço para um último toque, para um último beijo, se houver vontade para um olhar é o amor a falar: "Amo-te.
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