Um dia disseram-me que eu podia ser quem eu quisesse. E eu aceitei o desafio, armada em esperta. E realmente fui. Fui uma pessoa completamente diferente durante alguns meses. E gostei. Muito. Sentia-me mais leve, principalmente. Sair da minha pele foi como nascer outra vez. Mas com a diferença de saber tudo e ter consciência de tudo o que já vivi. E não pensei. Um dos meus grandes defeitos é pensar demais, overthinking, como agora é chique dizer. Por isso, resolvi por de lado os miolos e agir com o resto. Lançar-me fora da minha zona de conforto e aproveitar todas as oportunidades que me deram.
Agora, que o meu papel chegou ao fim e não há mais páginas no guião sinto-me meio perdida. E dou por mim a questionar-me sobre o que fiz e o que podia não ter feito. E tirei a minha grande conclusão. Não consigo dissociar-me. Não consigo ser outra pessoa a 100%. E, se o consegui, agora sofro por isso. Porque tudo o que não pensei na altura, cai agora aos trambolhões. Como se o mundo fosse acabar já amanhã e tivesse de acontecer tudo de uma vez. Adiar o meu overthinking foi um erro. Há-que pagar por ele.
Mas a viagem valeu a pena?
ResponderEliminar(porque de vez em quando isso é mais importante que o resto e, até nova rota, compensa)
Se agora não me sentisse tão perdida, diria que foi a viagem da minha vida.
ResponderEliminarEquacionando as coisas dessa maneira, é bem simples de definir :)
Estar perdida é necessariamente mau ? Não é preciso perder-se para se encontrar.
ResponderEliminarDesconfia da zona de conforto, desconfia. Nascemos nus.
Onde fica o instinto no meio de tudo isto ?
"O cérebro é um orgão sobreavaliado" Woody Allen