Rachel Weisz
Entrei no quarto. As imagens da televisão reflectiam-se em ti. Encostei-me à parede gelada e tive consciência que já não sentia os pés no chão de mosaico. Pede-me desculpa. Nem te deste ao trabalho de me olhar, Não. Pede desculpa - reforcei. Nunca peço desculpa, respondeste. Comecei a despir-me. Primeiro devagar. Depois cada vez mais depressa. Pede desculpa. Com os pés queimados do frio, comecei a tremer. Descontroladamente. Pede desculpa. Colaste os teus olhos no meu corpo. Numa fracção de segundos, esborrachaste a tua boca contra a minha, com uma impulsividade implacável. Agarraste-me com força e levaste-me até à cama. Enquanto prendia os meus dedos na tua boca entraste em mim. Obrigaste-me a olhar-te e disseste numa voz arrastada, desculpa querer-te tanto.
Sem comentários:
Enviar um comentário