Ontem no metro, sentaram-se ao meu lado duas raparigas. Não tiravam os olhos uma da outra, as mãos apertadas e a expressão corporal de quem podia morrer naquele exacto momento, que morreria feliz. E eu, automaticamente, desviei o olhar. Tive vergonha. Senti-me incomodada. Não pelo facto de estarem visivelmente apaixonadas uma pela outra, por serem homossexuais, gays, lésbicas e todos esses rótulos adquiridos. Tive vergonha porque queria alguém assim. Que me olhasse com aquela devoção. Que me guardasse no coração. Uma mão para apertar no metro às dez da noite, com um frio cortante e a cabeça em papa. Senti-me de tal forma abandonada e vazia que saí uma estação antes da minha. E deambulei, deambulei, como um cão sem dono em plena cidade de Lisboa.
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Acerca de mim
- Joana
- O meu nome é Joana. Sou insatisfeita por natureza, quero sempre mais e sempre melhor. Sou indecisa, mas quando me decido vou até ao fim do mundo. O meu sonho é fotografar o mundo e as coisas bonitas que nos rodeiam. O meu grande sonho é não ter limites para o fazer.
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