Não há nada pior do que assistir a lutas interiores. Não. Afinal há. Pior só mesmo assistir a lutas interiores de pessoas de quem gostamos e não podermos fazer nada. É como fazer zapping, ter o azar de passar num canal em que passam documentários de crianças a morrer à fome e o comando ficar sem pilhas. Somos obrigados a ficar sentados, em frente ao ecran gigante, as imagens entram-nos pelos olhos dentro e temos de permanecer naquela posição até ao fim. Podemos fazer claque, bater palmas, dar apoio moral, mas é impossível intervir. São as batalhas próprias, os testes individuais, a maneira de cada um crescer. E dói. E dói tanto de sentir como de ver. Ter a imparcialidade de ver o caminho errado que estão a escolher sem qualquer tipo de influência é de fazer gelar os ossos.
Sinto-me um cubo de gelo.
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